Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Arós, Ana Carla Silvares Pompêo de Camargo |
Orientador(a): |
Vaisberg, Tania Maria Jose Aiello |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
PUC-Campinas
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15673
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Resumo: |
A presente investigação aborda fenômenos clínicos, habitualmente referidos como vivências de futilidade, irrealidade e vazio existencial, que têm sido descritos por Winnicott como impossibilidade de se sentir vivo e real. Apresentando-se como fundamento afetivo de uma ampla gama de manifestações sintomáticas, que incluem tanto as psicoses como as condições borderlines, são uma forma radical de sofrimento que, segundo vários autores, vem-se tornando cada vez mais comum na sociedade contemporânea, cujos contornos buscamos apreender a partir do pensamento sociológico de Bauman. O trabalho organiza-se, metodologicamente, ao redor da abordagem psicanalítica de um acontecer humano de caráter ficcional,veiculado por meio de produção cinematográfica de 1999 intitulada Clube da Luta. A história encenada foi elaborada como narrativa psicanalítica a partir da observação da regra fundamental para, a seguir, ser considerada em termos da captação de campos de sentido afetivo-emocional. Foram criados/encontrados sete campos diversos, que se configuram como integrantes de um campo maior, denominado "ser ou não ser", correspondente ao drama existecial da busca desesperada de uma vida que possa ser sentida como pessoal e verdadeira. Estabelecendo interlocuções com Winnicott e Bauman, foi possível concluir que a problemática clínica estudada articula-se intimamente às novas formas de organização da sociedade líquido-moderna que, de modo paradoxal, incrementam um certo tipo de individualismo enquanto dificultam o amadurecimento pessoal no sentido do desenvolvimento da capacidade de se sentir vivo, real e capaz de gestualidade espontânea e transformadora de si e do mundo. |