Psicologia para fazer a crítica? apologética, individualismo e marxismo em alguns projetos psi

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Lacerda Júnior, Fernando
Orientador(a): Guzzo, Raquel Souza Lobo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15717
Resumo: O presente trabalho empreende uma análise histórico-sistemática de alguns projetos de psicologia com a finalidade de problematizar a relação entre os desdobramentos internos da psicologia com os acontecimentos histórico-sociais e debates filosóficos mais gerais. Argumenta-se que a psicologia enquanto complexo social específico nasceu quando a busca de compreensão da autoatividade humana pela burguesia foi abandonada e convertida na busca para justificar e naturalizar a ordem social. Para analisar este processo buscou-se delinear o terreno histórico-filosófico mais amplo do qual brotou a psicologia e utilizou-se a categoria decadência ideológica para problematizar o nascimento da psicologia. Para defender esta tese analisam-se três conjuntos de projetos psi que se desenvolveram entre os séculos XIX e XXI: (a) os projetos que se desenvolveram desde o surgimento do projeto de psicologia wundtiano até o giro behaviorista ocorrido na primeira metade do século XX; (b) as propostas que articularam psicologia e marxismo que emergiram entre a revolução russa de 1917 e a revolução cubana na segunda metade do século XX; (c) os projetos de psicologia crítica que emergiram a partir de 1968 e se desenvolveram até os primeiros anos do século XXI. Uma ênfase especial é dada para a relação entre psicologia, individualismo e marxismo. Nas considerações finais discutem-se as possibilidades de se desenvolver uma psicologia marxista e de eliminar o papel da apologética no interior da psicologia.