Impactos do Binge-Watching na saúde ocular, qualidade de vida e no bem-estar emocional entre universitários: uma análise de classe latente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Oliveira, Gilvano Amorim
Orientador(a): Andrade, André Luiz Monezi
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/17443
Resumo: INTRODUÇÃO: O uso de mídias digitais tem se popularizado cada vez mais nos últimos anos, principalmente em relação ao comportamento de assistir vídeos (streaming) a partir de diferentes mídias digitais. Este comportamento, intitulado como binge-watching (BW), tem se intensificado com base no desenvolvimento e facilitação de acesso destas novas plataformas, o que levanta preocupações acerca dos seus efeitos na saúde ocular e no bem-estar psicológico das pessoas. Desta forma, a compreensão do modo como as pessoas se utilizam destes dispositivos para assistirem a vídeos de streaming é extremamente relevante atualmente. OBJETIVOS: Este trabalho teve por objetivo identificar um possível efeito entre o BW na saúde ocular e psicológica de estudantes universitários brasileiros e canadenses. MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa multicêntrica, com estudantes de dois países (N= 1.497), sendo 306 do Canadá e 1.1191 do Brasil. Foram considerados os seguintes dados: questionário sociodemográfico, instrumento de BW desenvolvido pelos autores, questionário de dor ocular desenvolvido pelos autores, DASS-21, DERS-18, UPPS-P, WHOQOOL-Bref, SAS-SV, YFAS.20, AEBS, AUDIT. A análise dos dados foi realizada por meio de estatísticas descritivas, testes chi-quadrado, Análise Latente de Classe (LCA) e Análise de Rede. RESULTADOS: Com base na LCA, observaram três grupos distintos de dor ocular, sendo que a Classe 1 contemplou 30% da amostra e relatou maior intensidade de sintomas emocionais e impulsividade, e menores níveis de regulação emocional e qualidade de vida em relação às demais classes. Neste sentido, a classe 2 (45% da amostra), indicou presença moderada destes sintomas e a Classe 3 presença significativamente mais leve em relação às demais. CONCLUSÃO: Este estudo é importante na medida em que destaca a relevância de se reconhecer o BW como um fenômeno capaz de afetar negativamente a saúde ocular e psicológica dos universitários. Além disso, neste estudo pode-se observar um elo entre o BW e a frequência de cefaleias, o que indica a necessidade de estratégias de prevenção e promoção à saúde focadas para esta população.