Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Assis, Natália Del Ponte de |
Orientador(a): |
Vaisberg, Tania Maria Jose Aiello |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
PUC-Campinas
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15599
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Resumo: |
A presente pesquisa tem como objetivo investigar imaginários coletivos sobre o sofrimento de meninas adolescentes, considerando a condição de intersecção entre ser mulher e ser adolescente. Organiza-se metodologicamente por meio do estudo psicanalítico de uma série televisiva estadunidense recente, 13 Reasons Why, material selecionado por tematizar manifestamente o sofrimento emocional vivido na adolescência e por ter gerado alta repercussão entre os telespectadores de diversos países. Exposições à série, em estado de atenção flutuante e associação livre de ideias, permitiram a produção de narrativas transferenciais a partir das quais interpretamos dois campos de sentido afetivo-emocional: "Vadias ou certinhas" e "Sem aprovação não sou ninguém”. O primeiro campo organiza-se ao redor da crença segundo a qual meninas adolescentes, que expressam qualquer sexualidade fora de relacionamentos sérios, comportam-se de modo imoral. O segundo campo se organiza ao redor da crença de que meninas corretas são aquelas que se comportam de modo a obter a aprovação dos outros. O quadro geral revela um imaginário conservador, que oprime a espontaneidade da mulher em diversas esferas do viver, incluindo a sexualidade. Nesse contexto, a luta pela aprovação social apresenta-se como articulação entre a tendência a se submeter e a esperança de alcançar reconhecimento enquanto pessoa. Pode-se concluir, portanto, que a opressão social contra a mulher, que corresponde, reconhecidamente, a um sofrimento social, provavelmente se intensifica na fase da adolescência. |