Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Bonfatti, Sofia Creato |
Orientador(a): |
Granato, Tania Mara Marques |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
PUC-Campinas
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16020
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Resumo: |
No horizonte das pesquisas sobre o acolhimento institucional observa-se pouca ênfase à saída do adolescente do abrigo, mesmo naqueles estudos que se debruçam sobre a experiência emocional dos jovens abrigados. Desse modo, o objetivo deste trabalho consiste em compreender a experiência emocional de adolescentes institucionalizados frente à futura saída do abrigo, tendo como fio condutor a história de abrigamento e desabrigamento desses jovens. Como recurso metodológico foi utilizada uma Narrativa Interativa (NI) que consiste em uma história fictícia elaborada pela pesquisadora para que os participantes criem um desfecho para o drama apresentado por dois personagens adolescentes que se veem diante da possibilidade de um deles sair do abrigo. Catorze adolescentes participaram do estudo cujo enquadre se configurou como uma entrevista coletiva com 10 meninas, uma entrevista coletiva com 3 meninos e uma entrevista individual com 1 menina. O relato dos três encontros foi registrado na forma de Narrativas Tranferenciais e, posteriormente, tomado para análise psicanalítica em conjunto com o material das NI. Dessa interpretação resultaram três campos de sentido afetivo-emocional que traduzem dramaticamente a experiência dos participantes: o campo “É muito peso para uma pessoa só”, que apresenta o ambiente insuficiente que antecedeu a institucionalização; “Quero morar com a minha mãe”, que alude ao desejo de retornar à família de origem, usualmente acompanhado pela idealização das figuras parentais; e “Um berço que lhe serviu de mãe”, que revela a ambivalência dos participantes frente ao afeto do lar colocado em oposição à segurança do abrigo. Concluímos que a saída do abrigo como experiência de desalojamento convoca a elaboração psíquica dos desabrigamentos anteriormente vividos, os quais resultam no mencionado sentimento de despreparo do jovem para a saída da instituição. Nesse contexto de desamparo e negligência sempre revividos, os participantes reivindicam um cuidado sensível que alie o cuidado técnico ao afetivo de modo a superar dissociações e fortalecer-se para a futura saída para o mundo. |