Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Miranda, Márcia Lepiani Angelini |
Orientador(a): |
Granato, Tania Mara Marques |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
PUC-Campinas
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15921
|
Resumo: |
Estudos preliminares indicam que as barreiras impostas pelo sistema prisional têm sido um grande desafio para a manutenção dos vínculos familiares e para a prática parental saudável, afetando o bem estar físico e mental tanto de presos quanto de seus filhos. Este estudo qualitativo, de inspiração psicanalítica, visa compreender a experiência paterna de presidiários. Participaram deste estudo 41 pais encarcerados adultos que estavam cumprindo pena em uma penitenciária do interior do Estado de São Paulo, sendo divididos em quatro grupos para uma entrevista coletiva. Foi elaborada uma Narrativa Interativa, de modo a focalizar a questão da paternidade na prisão, para que fosse completada livremente pelos participantes. Como segunda etapa do procedimento foi proposta uma discussão em grupo sobre o tema da paternidade no cárcere. Os encontros foram registrados pela pesquisadora sob a forma de narrativas. O material narrativo colhido foi tomado como expressão coletiva dos prisioneiros, sendo submetido à consideração psicanalítica, em busca dos sentidos afetivo-emocionais que a experiência da paternidade toma na prisão. Os achados deste estudo confirmam pesquisas anteriores no que se refere aos benefícios da aproximação entre pais encarcerados e filhos, aos sentimentos paternos desencadeados pelo isolamento e separação dos filhos, ao histórico familiar de pais ausentes ou violentos, à importância das visitas e cartas para a manutenção do vínculo pai-filho, à esperança de recuperar o tempo perdido na cadeia retomando o envolvimento com o filho, quando em liberdade, à preocupação com o futuro dos filhos e com a imagem de pai que ajudou a construir, a sentimentos de culpa, arrependimento e impotência diante do que o filho vive durante o aprisionamento do pai. Considerações são feitas sobre a necessidade de intervenções que visem às demandas dos participantes para o exercício da paternidade na prisão. |