Feiras livres: territórios de identidade, lugares de memória

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Padula, Heloisa Mina
Orientador(a): Schicchi, Maria Cristina da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/17310
Resumo: A pesquisa buscou compreender as feiras livres como uma rede de produção, consumo e circulação de mercadorias, numa abordagem multi e interescalar, reconhecendo seu papel mediador/revelador dos atributos da cidade contemporânea, em especial dos aspectos culturais e da reiteração dos valores do cotidiano de pessoas e grupos - como “lugares de memória” (NORA, 1993) e identidade - tendo como objeto de estudo três feiras livres institucionalizadas do município de Rio Claro/SP, situado na Região Metropolitana de Piracicaba: Feira do Cervezão, Feira do Produtor e Feira São Benedito. Teve como objetivo estudar as feiras em distintas temporalidades, como manifestação de uma tradição de determinadas relações de trabalho e produção que congregam o rural e o urbano, com forte apelo à produção local e familiar hortifrutigranjeira, inserida nas dinâmicas dos circuitos-curtos dos pequenos agricultores e suas estratégias de trabalho e vida. Apesar da globalização, dos novos meios de produção e tecnologias de comercialização, as feiras livres seguem resilientes, adaptando-se às novas demandas e apresentam dinâmicas próprias, em suas formas de encontro, hábitos e consumo. Foram estudados os circuitos junto aos modos de vida vinculados aos seus agentes (produtores, consumidores, frequentadores), mas principalmente a importância dos territórios onde estão inseridas, como elementos definidores de diferentes formas de agenciamento dos espaços e seleção dos produtos. Partiu-se da premissa de que as feiras livres revelam traços da identidade sociocultural dos territórios, assim como das relações urbano-rurais por elas mobilizadas; reiteram a tradição de compra e venda direta de produtos, aspectos que fazem parte do imaginário, da memória e da identidade da população, adquirindo um valor cultural. A metodologia aplicada foi a histórico-crítica, através de revisão bibliográfica e empírica, com levantamentos in situ e observação participante. Como resultado, buscou-se evidenciar os atributos ancestrais e atuais das feiras e traçar sua trajetória, tanto sob o ponto vista socioeconômico quanto cultural, territorial e patrimonial.