Avaliação das condições higiênico-sanitárias das feiras-livres do município de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Audi, Soraya Garcia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-07052024-154917/
Resumo: A comercialização de alimentos nas feiras-livres apresenta controvérsia, em virtude das deficiências higiênico-sanitárias. A falta de sanitários, local para lavar as mãos e utensílios, descarte da água utilizada e do lixo, pode levar ao desencadeamento de enfermidades, na população consumidora. O presente trabalho, teve como objetivo avaliar e conhecer as condições higiênico-sanitárias de 50 (cinqüenta) feiras-livres instaladas no Município de São Paulo, distribuídas pelas Zonas Norte, Sul, Leste e Oeste, bem como as condições em que os alimentos são comercializados, de modo que se pudesse averiguar, através de um formulário, a eficiência da legislação municipal vigente, Decreto n° 25.545/88, que dispõem sobre o funcionamento das feiras-livres. O diagnóstico consistiu na observação dos aspectos gerais (físicos e ambientais) das feiras-livres, presença de comércio ambulante e de gêneros alimentícios, bem como a higiene pessoal dos vendedores. Os resultados obtidos demonstraram que quanto aos seus aspectos físicos e ambientais, 97% das feiras livres não estavam de acordo com o Decreto n° 25.545/88, principalmente pela presença de comércio ambulante em 96%. Quanto aos gêneros alimentícios, observou-se que as barracas que comercializavam pescados, aves/vísceras, estavam em más condições de higiene, já que em 74% das bancas de pescados e 90% das bancas de aves e vísceras, os produtos não estavam recobertos por gelo, ficando assim, expostos à temperatura ambiente. Observou-se, também, o comércio de carne in natura em 35% das bancas de aves/vísceras; a venda de peixes (78%) e vísceras (89%) filetados e aves fracionadas (89%). Na questão higiene pessoal dos vendedores, todas as barracas apresentavam irregularidades. Esses resultados sugerem que, evidentemente, existe um desconhecimento da lei, tornando-se necessária uma intervenção de caráter educacional para esses comerciantes, de modo que se conscientizem dos riscos a que sujeitam à população.