Paisagem cotidiana e patrimônio-territorial: um olhar sobre as Feiras Livres da cidade São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Pichiteli, Milaine Aparecida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-09102023-155842/
Resumo: As feiras livres da cidade de São Paulo, enquanto paisagem cotidiana que envolve o sujeito situado, se transformam em patrimônio para os sujeitos que ela compõe, a partir de sua fruição. Nesse contexto, a presente pesquisa teve o objetivo de apresentar, baseado no ponto de vista do sujeito, o feirante, argumentação teórica sobre a construção das feiras livres enquanto patrimônio e, mais à fundo, patrimônio-territorial. A pesquisa orientou-se em uma abordagem qualitativa por meio de entrevistas com feirantes das Zonas Sul, Norte, Leste, Oeste e Central da cidade de São Paulo. Buscou-se, por meio dessas entrevistas, dar base a argumentação sobre a maneira como essas feiras se mostram para os sujeitos viventes enquanto patrimônio-territorial, conceito proposto por Costa (2016; 2017; 2018; e 2022), que no contexto da América Latina, continente assentado pelo discurso colonialista, aponta um respiro utopista, uma epistemologia situada, que aproxima o patrimônio de um ponto de vista existencial e propositivo. Por meio desse conceito foi possível concluir que as feiras livres da cidade de São Paulo se mostram dentro do circuito inferior da economia de maneira atípica, pelas relações sociais e econômicas, criadas através da junção entre o modelo do capital e as relações sociais bucólicas. E que no auge dos seus mais de 100 anos de história na grande metrópole, se mantém renovada e atuante, muito além de sua função no abastecimento da população local. Portando, conclui-se, também, que sua fruição é o que a transforma em patrimônio-territorial do sujeito sitiado.