A experiência de profissionais da saúde no cuidado a pacientes em ambulatório de quimioterapia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Oliveira, Andreia Elisa Garcia de
Orientador(a): Cury, Vera Engler
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15962
Resumo: Esta pesquisa buscou apreender a experiência de cuidar de pacientes oncológicos a partir do relato de profissionais da saúde que atuam em um ambulatório de quimioterapia de um hospital universitário do Estado de São Paulo. Foi desenvolvida como uma pesquisa qualitativa, exploratória e de inspiração fenomenológica. A pesquisadora realizou encontros dialógicos individuais com nove profissionais da saúde: médicos, psicólogo, farmacêutico, enfermeiro, terapeutas ocupacionais, assistente social e técnico de enfermagem. Ao término de cada encontro, foram redigidas narrativas nas quais se registrou o que foi relatado pelo participante acrescido das impressões da pesquisadora. O processo de construção das narrativas incluiu diversas versões objetivando apreender os principais elementos envolvidos na experiência dos participantes. A análise deste material possibilitou concluir que a experiência de cuidado na área de oncologia é significada pelos profissionais como gratificante e enriquecedora, embora também envolva certa dose de sofrimento em função do desgaste físico e emocional a que ficam expostos. Os relatos dos participantes revelaram também dificuldades no exercício da prática profissional decorrentes: a) de uma formação acadêmica que não os preparou para lidar com a aproximação da morte dos pacientes, tampouco com a necessidade de comunicar informações sobre a evolução da doença; b) da falta de integração entre os membros da equipe; c) da jornada de trabalho exaustiva; d) da falta de tempo para dedicar-se a si mesmos; e) do sentimento de impotência quando o tratamento não é bem-sucedido. Apesar disso, os participantes esforçam-se para que o relacionamento com os pacientes não seja reduzido a uma dimensão puramente técnico-assistencial e demonstraram que se beneficiariam de uma intervenção comprometida em facilitar o vir à tona de suas experiências.