Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Voltani, Julia de Carvalho |
Orientador(a): |
Beltramelli Neto, Silvio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16913
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Resumo: |
No contexto da economia neoliberal e do compartilhamento, surge o fenômeno da economia de plataforma, que envolve a transformação do controle gerenciado do trabalho para o controle por meio de regras rígidas da atividade, consolidando o trabalhador como autogestor, mas subordinado à empresa, cuja relação se dá por meio da adesão a plataformas de contratação, retirando do trabalhador todos os direitos decorrentes do trabalho. A presente pesquisa analisa a percepção dos entregadores acerca do controle gerencial e organizacional do trabalho pelos aplicativos de entrega, exercido por meio da subordinação algorítmica. Por consequência, trata dos impactos desta nova forma de organização laboral nas relações entre empresas proprietárias dos aplicativos e os entregadores com o uso das tecnologias e fluxos informacionais. O presente estudo, através do método de abordagem hipotético-dedutivo, examina se este modelo de negócio relaciona a distribuição do trabalho com alguns elementos como: o tempo de disponibilidade para o serviço, a resposta positiva nas avaliações, os horários, locais controlados por georreferenciamento e taxa de entrega, uma vez que todos esses controles e parâmetros não são evidenciados nos contratos que vinculam os entregadores as plataformas, e quando analisados em conjunto sugerem a existência de alta subordinação dos entregadores. Deriva desta hipótese a análise sobre a percepção dos entregadores da atividade subordinante de algoritmos programados pelas empresas detentoras dos aplicativos. Para tanto, partiu-se do pressuposto de que as empresas responsáveis pela administração dos aplicativos utilizam algoritmos computacionais para operacionalização de sua atividade e, ao final, é possível identificar o uso da subordinação algorítmica de modo massivo e intencional pelas plataformas, bem como verificar qual a percepção dos entregadores sobre esta atuação, concluindo que existem elementos para se afirmar a presença de subordinação na relações de trabalho entre entregadores e aplicativos. |