Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Autuori, Marina |
Orientador(a): |
Granato, Tania Mara Marques |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
PUC-Campinas
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15752
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Resumo: |
A crescente demanda pelo atendimento psicológico infantil resulta no aumento do encaminhamento de crianças para os serviços de saúde mental. Entretanto, estima-se uma taxa de 50% a 60% de abandono da psicoterapia infantil. Sendo o início do atendimento psicológico infantil a fase mais delicada e decisiva para o sucesso ou fracasso da psicoterapia, cabe investigarmos os sentidos do encaminhamento psicológico infantil, a fim de compreendermos os significados atribuídos a esse processo. Para tanto, utilizando metodologia qualitativa de orientação psicanalítica entrevistamos quatro crianças e seus pais, além de psicólogos e outros profissionais envolvidos com os encaminhamentos para uma Unidade Pública de Saúde Mental Infanto-Juvenil. Adotamos como procedimento o enquadre de entrevistas abertas individuais e o recurso investigativo das Narrativas Interativas, no intuito de facilitar o acesso à experiência vivida pelos participantes. Estabelecemos cinco eixos temáticos que contemplam os sentidos encontrados, tanto na literatura científica quanto nos relatos dos participantes, a saber: Motivos para o encaminhamento infantil; Fontes de encaminhamento infantil; Perfil da clientela infantil; Os pais e o atendimento psicológico dos filhos; e Adesão e abandono da psicoterapia. Tais eixos norteiam a discussão sobre o tema do encaminhamento psicológico infantil à luz da literatura científica e da obra de Donald Woods Winnicott. Os pais figuram como os principais envolvidos, embora usualmente excluídos da tomada de decisão, cuja participação em todas as etapas do processo de encaminhamento psicológico é decisiva para o sucesso ou fracasso do próprio encaminhamento. Além disso, a inclusão da perspectiva da criança nos permitiu não só revelar os sentidos que esta atribui aos esforços de compreensão dos profissionais, ao cuidado parental e ao seu próprio sofrimento, mas duvidar da eficácia de qualquer intervenção que desconsidere a visão infantil e exclua uma profunda parceria com os pais. |