A educação bilíngue por seus agentes em uma visão dialógica com a teoria da luta por reconhecimento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Costa, Marcelo José Baccarin
Orientador(a): Vitorino, Artur José Renda
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15564
Resumo: Desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Educação da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, na Linha de Pesquisa “Políticas Públicas em Educação”, e no Grupo de Pesquisa “Política e Fundamentos da Educação”, a presente dissertação investigou o papel do reconhecimento intersubjetivo - termo cunhado por Hegel, e posteriormente desenvolvido em estudos teóricos por Axel Honneth (2013) - no bilinguismo de crianças em fase de transição entre as séries iniciais e as finais do Ensino Fundamental. Aliado a Honneth, a investigação agregou elementos à reflexão sobre os fatores que contribuem para o desenvolvimento do bilinguismo, com a inserção do reconhecimento como variável à emergência da autopercepção de ser competente em mais de uma língua. Assim, além do aporte teórico de Honneth, que descreve a luta por reconhecimento dentro da intersubjetividade como força central na existência humana, a pesquisa dialoga com a psicologia social de George Herbert Mead (1967), que nos permite compreender a formação do si mesmo ( self ) e da mente a partir da linguagem e da interação. O trabalho traz também uma exposição de recortes históricos do bi ou plurilinguismo e das diferentes maneiras como o bilinguismo se realiza hoje, tanto na educação como no cotidiano. Apresentamos, também, conceitos relacionados ao bilinguismo e à educação bilíngue que refletem o estado atual do conhecimento nesta área. A fase empírica da pesquisa foi constituída de entrevistas semiestruturadas, por meio de suporte virtual, com doze participantes com idades entre 9 e 12 anos. Tais entrevistas, tratadas pelo método de análise de conteúdo sugerida por Laurence Bardin (2016), revelaram o importante papel da interação social e das estratégias de aprendizagem próprias dos indivíduos investigados no desenvolvimento da sua percepção de que sabem mais de uma língua. Como interação social, entende-se tanto o reconhecimento intersubjetivo em âmbito escolar, familiar e comunitário, como a interação através de artefatos culturais, tais como: músicas, games , filmes, vídeos e outros. O presente trabalho também discute políticas públicas direcionadas ao ensino de línguas adicionais, e sugere os possíveis benefícios a serem colhidos pela implantação de políticas que promovam o ensino e atividades que favoreçam interações nessas línguas nas séries iniciais do Ensino Fundamental, ou mesmo na Educação Infantil.