Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Ellen Aparecida de Souza |
Orientador(a): |
Angélica Ribeiro Soares |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/846013
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Resumo: |
As algas calcárias geniculadas (Corallinales, Rhodophyta) produzem metabólitos secundários pertencentes a diferentes classes químicas, tais como ácidos graxos, esteróis, taninos, flavonóides, alcalóides, saponinas, hidrocarbonetos e carotenóides, por exemplo. Eles são responsáveis por diversas atividades biológicas, tais como antioxidante, antifúgica, antibacteriana, antitumoral, bioestimulante e anti-incrustante. O capítulo 1 analisou a diversidade química intra/interespecífica e o potencial anti- incrustante dos extratos de quatro espécies de algas calcárias geniculadas (Amphiroa beauvoisii, Jania crassa, Cheilosporum sagittatum e Arthrocardia flabellata) coletadas em diferentes áreas de Arraial do Cabo/RJ frente a cinco cepas de bactérias marinhas incrustantes e ao mexilhão Perna perna. Os resultados obtidos mostraram variabilidade química intra/interespecífica entre as amostras de algas, mesmo sendo coletadas em áreas próximas e com condições oceanográficas semelhantes. Em relação à atividade anti-incrustante, todos os extratos apresentaram atividade contra as bactérias marinhas, sendo o extrato de C. sagittatum, seguido do extrato de A. beauvoisii (AbSCC) os mais promissores. Frente ao mexilhão P. perna, o extrato de C. sagittatum (CsSI) também foi o mais ativo, apresentando 100% de inibição de bissos. O capítulo 2 avaliou o potencial antimicobacteriano (cepa hipervirulenta Mtb M299 e Mtb laboratorial H37Rv), anti- inflamatório (TNF-α e NO) e citotóxico dos extratos brutos e frações das espécies já mencionadas. Quanto à atividade antimicobacteriana, os extratos de A. flabellata (MIC 50 de 4,6 ± 1,3 μg/mL) e J. crassa coleta na Prainha (MIC 50 12,6 ± 1,4 μg/mL) foram os mais ativos. Em relação à capacidade inibitória de TNF-α e NO, os extratos mais ativos foram A. beauvoisii coletado no costão do Saco do Cherne (IC 50 25,2 ± 1,5) e C. sagittatum (IC 50 6,7 ± 1,3 μg/mL). Quanto à toxicidade, os extratos não apresentaram efeito tóxico, exceto C. sagittatum. Levando em consideração todas as atividades envolvidas, as frações FJC1, FJC2 e FJC3 de J. crassa coletada na Prainha e as frações FAF2, FAF3 e FAF4 de A. flabellata foram as mais ativas. A fração mais purificada (F29-40), obtida através da cromatografia contracorrente, contendo o ácido palmítico como a substância mais abundante, também foi testada frente aos modelos selecionados e apresentou atividade inibitória contra as duas cepas de micobactérias e capacidade inibitória de NO e TNF-α. Ácidos graxos, ésteres de ácidos graxos, hidrocarbonetos, álcool graxo, esterol e benzenóide foram algumas das classes químicas encontradas nos extratos e frações testados. Os resultados obtidos para os extratos e frações das espécies J.crassa, A. beauvoisii, C. sagittatum e A. flabellata coletadas em Arraial do Cabo são inéditos quanto à composição química, a variabilidade química intra/interespecífica e atividade frente aos modelos testados, contribuindo com mais informações sobre as substâncias químicas produzidas por este grupo de macroalgas e evidenciando o seu potencial biotecnológico, as quais poderão ser alvo de estudos futuros na obtenção de novas substâncias bioativas. |