Processos metabólicos associados à prevalência de Firmicutes no intestino de múltiplos vertebrados
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Laboratório Nacional de Computação Científica
Coordenação de Pós-Graduação e Aperfeiçoamento (COPGA) Brasil LNCC Programa de pós-graduação em Modelagem Computacional |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.lncc.br/handle/tede/402 |
Resumo: | A plasticidade fenotípica dos vertebrados, essencial para sua adaptação às rápidas mudanças ambientais, resulta da interação entre o ambiente e o hologenoma, que combina os genomas do hospedeiro e de seus microrganismos simbióticos. A microbiota intestinal é a comunidade mais influente na manutenção da homeostase fisiológica de vertebrados. Essa interação hospedeiro-microbiota gera fenótipos moldados por forças evolutivas estocásticas e determinísticas, estabelecendo um microbioma central com funções essenciais para cada estágio de desenvolvimento e condição ambiental. Fatores ambientais e interações interespecíficas, aliados à genética e aos hábitos sociais do hospedeiro, impactam a composição microbiana, modulando sua fisiologia e saúde, e perpetuando certas espécies bacterianas ao longo das gerações. Entre essas espécies, os filos Firmicutes e Bacteroidetes são predominantes, com Firmicutes se destacando pela diversidade funcional e estratégias de colonização. Apesar de cenários ecológicos sugerirem especialização microbiana e funções metabólicas, os mecanismos que garantem a persistência de Firmicutes em diversos hospedeiros vertebrados ainda são pouco compreendidos. Este estudo aborda essa lacuna ao investigar os mecanismos metabólicos que sustentam a prevalência e hereditariedade de Firmicutes no intestino dos hospedeiros, com base em genomas bacterianos montados a partir de metagenomas de 351 amostras de vertebrados, incluindo 18 espécies de animais de produção, humanos, raças específicas e espécies relacionadas. Como resultado, observou-se que táxons das famílias Acetivibrionaceae, Clostridiaceae, Lachnospiraceae, Ruminococcaceae e CAG-74 foram compartilhados entre todos os hospedeiros. Esses táxons exibiram vias metabólicas essenciais para a sobrevivência e persistência no ecossistema intestinal, como as vias associadas à sobrevivência fora do hospedeiro, adesão celular, colonização e transmissão entre hospedeiros, destacadas por genes de esporulação, biossíntese de glicanos, ácidos biliares e ácidos graxos de cadeia curta. Os resultados obtidos neste estudo ampliam a compreensão sobre as bases ecológicas da hereditariedade e manutenção de Firmicutes, oferecendo novas perspectivas sobre espécies bem conhecidas e pouco estudadas. |