Estudo da esporotricose no Brasil no período de 2016 a 2022

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: MENEZES, Márcia Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.pgsscogna.com.br//handle/123456789/67651
Resumo: A esporotricose é uma micose subcutânea de grande importância para a saúde pública no Brasil que vem se expandindo geograficamente com o passar dos anos. Com a recente popularidade dos felinos e o estreitamento do vínculo tutor e pet, as zoonoses tendem a ganhar mais destaque. A ausência da notificação compulsória no âmbito nacional dificulta a tomada de decisão e formulação de políticas públicas. O presente trabalho teve por objetivo em um primeiro momento realizar uma análise das hospitalizações e óbitos por esporotricose em humanos no Brasil no período de 2016 a 2022 e uma segunda parte que visa correlacionar os internamentos e óbitos em humanos nesse mesmo período com os casos novos de esporotricose animal no município de São Paulo além de analisar a correlação da variável renda média familiar com as regiões mais acometidas. Foi observada uma progressão no número de hospitalizações e óbitos no país por esporotricose, afetando todos os estados, com exceção de Roraima. Predominaram mulheres, 40 a 60 anos e a forma clínica linfocutânea, enquanto que a taxa de letalidade foi maior na faixa etária de idade superior a 80 anos. Verificou-se correlação positiva entre o aumento de internamentos em humanos e elevação expressiva no número de casos animais no município de São Paulo. O fator renda não apresentou correlação positiva. Conclui-se que a esporotricose é responsável por hospitalizações e óbitos em humanos em quase todo o território nacional com exceção de Roraima e, que no município de São Paulo, permanece em expansão, sendo observado um aumento concomitante do número de casos em animais. Isto reitera o papel da transmissão zoonótica, expõe a necessidade da educação em saúde em vários níveis para promoção da saúde e requer uma abordagem que possa abarcar tal complexidade como a One Health.