Caracterização do estado nutricional e mobilidade funcional e sua relação com a mortalidade de pacientes hospitalizados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: ROMERO, Renata Perucelo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/31368
Resumo: Pacientes hospitalizados com desnutrição ou risco nutricional apresentam prognósticos indesejáveis, independentemente do diagnóstico clínico apresentado. Além disso, complicações secundárias à desnutrição aumentam diretamente o tempo de permanência, afetando a reabilitação do paciente e aumentando as taxas de mortalidade. Desta forma, este estudo objetivou avaliar a relação entre o estado nutricional na admissão hospitalar pela urgência e emergência e seu impacto no tempo de internação e mortalidade dos pacientes. Este estudo caracteriza-se como observacional, retrospectivo, com levantamento de dados a partir de prontuário eletrônico sobre a Triagem e Avaliação nutricional realizadas nas primeiras 48 horas de internação no ano de 2018. A amostra foi composta por dados de 2.169 pacientes adultos, com internação clínica ou cirúrgica. Foram excluídos dados de prontuário que estavam incompletos, pacientes em ventilação mecânica e com mais de trinta dias de internação. Na admissão, a prevalência de desnutrição foi de 19% da amostra, enquanto 53,5% dos pacientes apresentavam risco nutricional. Verificou-se que a desnutrição na admissão esteve associada a maior tempo de internação (Teste de Mann-Whitney, p=0,0001) e mortalidade dos pacientes (Log Rank teste, p=0,0001). Na análise multivariada (Regressão de COX), observou-se que somente a idade >60 anos (p=0,0001 – Hazzard Ratio = 3,39), a mobilidade funcional de acamados (p=0,02 – Hazzard Ratio = 1,78) e a presença de desnutrição (p=0,0001) foram fatores de risco independente para a ocorrência de mortalidade na população de estudo, controlando gênero, classificação de risco na admissão, sendo que pacientes desnutridos apresentam três vezes mais risco (Hazzard Ratio= 3,0) de evoluir para óbito em comparação com pacientes não desnutridos. A partir destes resultados, pode-se concluir que essas variáveis na admissão podem ser consideradas como independentes para a mortalidade em pacientes hospitalizados. Destaca-se a importância do profissional nutricionista na unidade de urgência e emergência para implantação precoce de um plano de cuidado referente a terapia nutricional, afim de manter ou recuperar o estado nutricional dos pacientes e contribuir para melhores desfechos clínicos e redução de custos hospitalares.