Design no Mato Grosso do Sul: a organização técnica do trabalho em cinco atividades artesanais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: RODRIGUES, Selma Maria
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/40592
Resumo: O design, não sendo uma arte ou ciência e sim um processo que usa a informação e o conhecimento de outras áreas, valoriza o artesanato, transmitindo e refletindo os valores referenciais importantes na comercialização. Objetivou-se com este trabalho descrever cinco experiências de artesãs sul-mato-grossenses da região de Bonito/MS e Campo Grande/MS. Como objetivos específicos apresentar de conceitos da organização técnica do trabalho e temas correlacionados; Identificar a tipologia, matéria-prima e técnica de produção do artesanato tendo como referência os trabalhos de Celair Ramos Peralta – a buga, renomada artista bonitense, desenvolve seus trabalhos com argila, madeira e materiais de demolição; Joana Zattoni, responsável pela criação e direção da empresa Cerâmica Udu em Bonito/MS, produz peças a partir de moldes de gesso, preenchidos com barbotina (argila líquida); Lucimar Maldonado Silva Domingos, artesã campo-grandense, seu diferencial está na produção aliada à sustentabilidade, criou a “Fibra Morena”, com a missão de produzir artesanato com fibras naturais de bananeira, taboa e buriti; Indiana Marques, criadora da boneca de cerâmica Bugra, que foi inspirada nas índias Terenas, que circulam pelas ruas de Campo Grande; Monique Klein Rodic, criadora da empresa Campo Grande a Tiracolo, na confecção de bolsas e acessórios com materiais reciclados de lona de transportes de caminhão e malotes de correspondências. Para atender o objetivo, foram utilizadas fontes primárias e secundárias. Os instrumentos empíricos, englobando entrevistas aplicada no período de abril de 2018 a junho de 2019, em roteiro semiestruturado com dirigentes de instituições responsáveis ao apoio e capacitação dos segmentos no estado, comerciantes; artesãos, e observações sistemáticas do processo de modelagem, ornamentação e acabamento em situação de trabalho, bem como de registros fotográficos das peças artesanais expostas para venda. Essas observações em conjunto com as entrevistas, visitas aos ateliês e oficinas, serviram para descrever as características do processo de produção ou técnicas de confecção e conferir as razões da singularidade estética. Fontes secundárias como capítulos de livros, artigos científicos que tratam do design, da produção e comercialização do artesanato, também, foram consultados. A análise dos entrevistados é do tipo acessibilidade, pois a classificação do público alvo é em função das propriedades relevantes para a pesquisa. Concluiu-se que a inserção12 da técnica do design no artesanato, define um novo caminho para ambas as áreas, a fim de propor interferências positivas na execução de produtos representativos da cultura, da sociedade, meio ambiente e desenvolvimento regional sustentável. Que a inserção da técnica do design no artesanato, define um novo caminho para ambas as áreas, a fim de propor interferências positivas na execução de produtos representativos da cultura, da sociedade, meio ambiente e desenvolvimento regional sustentável. Mesmo com toda tecnologia à disposição, é indispensável pessoas na produção de mercadorias. A atuação do profissional de design, é essencial à atuação de outros profissionais ligados à concepção e produção de produtos. Em adição na atuação do designer é imprescindível o trabalho consciente ambientalmente e o envolvimento de outros profissionais e entidades, principalmente políticas, para que a sustentabilidade social e ambiental seja duradoura e realmente incorporada à comunidade.