Limitação funcional avaliada pelo teste de caminha de 6 minutos em pacientes com doença pulmonar intersticial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: PIMPÃO, Heloise Angélico
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/37958
Resumo: Introdução: O teste de caminhada de 6 minutos (TC6) é amplamente utilizado nos pacientes com doenças pulmonares intersticiais (DPI) para avaliação da intolerância ao exercício. Entretanto, ainda não se sabe se os pacientes com desempenho baixo no TC6 também apresentam piores desfechos clínicos e funcionais. Objetivos: Comparar diferentes desfechos clínicos em pacientes com DPI estratificados pela capacidade de exercício e avaliar se existe um ponto de corte para o desempenho no TC6 que discrimine piores desfechos clínicos. Métodos: Pacientes diagnosticados com DPI entre 40–75 anos, com estabilidade clínica foram incluídos. Os pacientes foram submetidos as seguintes avaliações: teste de caminhada de seis minutos (TC6), teste cardiopulmonar de esforço (TCPE), espirometria e pletismografia, teste de velocidade de caminhada em 4 metros (VC4m), força de preensão palmar, contração isométrica voluntária máxima de quadríceps (CIVMq), qualidade de vida (Saint George Respiratory Questionnaire; SGRQ-I), sensação de dispneia (escala mMRC) e a atividade física da vida diária (AFVD) (Monitor Actigraph©, wGT3x-BT). A análise estatística foi realizada através do software SAS© OnDemand for Academics. A normalidade dos dados foi avaliada pelo teste Shapiro-Wilk, teste t não pareado ou Mann-Withney foram utilizados para comparações entre os grupos. Com base no desempenho no TC6, os pacientes foram divididos em dois grupos (i.e. desempenho baixo [DB] e normal [DN]. Correlações entre o desempenho no TC6min e desfechos clínicos foram realizadas utilizando coeficiente de correlação Pearson ou Spearman. A análise da curva ROC foi realizada para verificar o poder discriminativo de pontos de corte no TC6 que sejam associados com desfechos clínicos e funcionais mais comprometidos. Resultados: 57 pacientes com DPI foram incluídos: grupo DB (n=18, 61±10 anos, IMC 26±4kg/m2, CVF 63±24% predito, variação do TC6 de 37-79% do predito) e DN (n=19, 57±11 anos, IMC27±5 kg/m2, CVF 72±12% predito e variação do TC6 80-116% do predito). Foram encontrados diferenças significativas em relação as variáveis de DLCO % predito (p=0,01), VC4m (p=0,003), força de preensão palmar (p=0,01), CIVMq (p=0,005), escore totaldo SGRQ-I (p=0,006), escala mMRC (p=0,001), número de passos/dia (p=0,0001), atividade moderada (p=0.0001), entre os grupos. Houve correlação moderada no TC6 com as variáveis como força muscular de quadriceps, atividade moderada, número de passos, SGRQ-I, mMRC e número de passos (0,41<r<0,63; p<0,05). Valores inferiores a 80% e 430 metros no TC6 possuem valor discriminativo com piores desfechos clínicos (0,73<AUC<0,84; p<0,05) e (0,72<AUC<0,83; p<0,05) respectivamente. Conclusão: Os pacientes com DPI com baixo desempenho no TC6 apresentaram piores resultados nos desfechos clínicos e funcionais investigados. Houve moderada correlação do TC6 com qualidade de vida, gravidade de dispneia, força muscular, performance funcional e AFVD e parece que 80% e 430m são bons pontos de corte no TC6 para identificar a pacientes com desfechos clínicos e funcionais mais comprometidos.