Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
ALMEIDA, Heloiza dos Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/37025
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Resumo: |
Introdução: As estratégias para investigação e tratamento de desfechos clínicos deletérios nas doenças respiratórias crônicas, se concentram nos sintomas diurnos. Estudos atuais sugerem que existam alterações também no período noturno podendo afetar a arquitetura do sono e sua qualidade e eficiência ou até mesmo trazer prejuizos associados a outros desfechos clínicos. Porém, as características do sono não estão completamente esclarecidas nas Doenças Pulmonares Intersticiais (DPI). Objetivos: O objetivo desse estudo, portanto, foi caracterizar o sono de pacientes com DPI e relacioná-lo com o estado geral de saúde de acordo com diferentes desfechos clínicos. Métodos: Pacientes com DPI foram submetidos a avaliação do sono por meio da actigrafia de pulso e medidas subjetivas, através do índice de qualidade de sono de Pittsburgh (PSQI) e escala de sonolência de Epworth (ESE). Medidas de sono da actigrafia incluíram a avaliação do tempo na cama, tempo total de sono (TTS), eficiência de sono, latência de sono e tempo acordado após o início do sono (Waking after sleep onset, WASO). Além disso, todos os participantes foram avaliados quanto a função pulmonar, composição corporal, força muscular, capacidade de exercício, capacidade funcional, níveis de atividade física na vida diária, sintomatologia e qualidade de vida. Os pacientes foram caracterizados conforme os dados antropométricos, qualidade do sono, ciclo sono-vigília, entre outros desfechos. A análise estatística foi realizada através do software SAS© Studio 9.4. a normalidade dos dados foi avaliada pelo teste Shapiro-Wilk e posteriormente foram realizadas as correlações de Pearson ou Spearman e também comparações com os testes de Wilcoxon ou Mann-Whitney de acordo com a normalidade dos dados. Resultados: 30 pacientes (13 mulheres, 58 ± 12 anos, CVF 66 ± 20 % pred) foram incluídos na amostra. De acordo com o questionário de PSQI, os pacientes apresentaram má qualidade de sono (6 [4-8] pontos no PSQI), porém não apresentam queixas de sonolência diurna excessiva (7.6 ± 5.16 pontos no ESE). Permaneceram em média 483 [431-525] minutos na cama e tempo total de sono de 432 [384 - 464] minutos, o equivalente a aproximadamente 7,2 horas de sono, com eficiência de 89%, período de latência por volta de 35 minutos por noite, com WASO 14 [10-27] minutos. Houveram correlações fracas entre WASO e atividade física (i.e. tempo sentado, r=0,51; p=0,01), latência com funcionalidade (i.e. teste de sentar e levantar de 5 repetições, r=0,51; p=0,02 e TUG usual (r=0,45; p=0,04)). Indicam o motivo do despertar com necessidade de ir ao banheiro ou piora dos sintomas no período noturno. Conclusão: Pacientes com DPI apresentam alterações do sono como despertares frequentes, nos quais se correlacionam com desfechos clínicos comumente avaliados nesta população. Embora os fatores extrínsecos possam estar relacionados à pior qualidade subjetiva e estimada do sono, eles também podem ser influenciados pelo comportamento sedentário, menos passos ou pior funcionalidade. |