Teste de caminhada de seis minutos como um marcador de capacidade funcional na Lipodistrofia Generalizada Congênita

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Medeiros, Jorge Luiz Dantas de
Orientador(a): Fregonezi, Guilherme Augusto de Freitas
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/45213
Resumo: Introdução: A Lipodistrofia Generalizada Congênita (LGC) é uma doença rara caracterizada por desfechos metabólicos como hipertrigliceridemia, hiperinsulinemia, hipoleptinemia, hipoadiponectinemia e diabetes mellitus. Distúrbios cardiovasculares e respiratórios foram observados anteriormente. Considerando os aspectos clínicos dos indivíduos com LGC, especialmente as complicações cardiovasculares, a capacidade funcional pode ser considerada um importante marcador clínico e prognóstico. O objetivo deste estudo foi avaliar a capacidade funcional em indivíduos com LGC, o papel da reposição de metreleptina (MLP) e a ocorrência de doença arterial periférica (DAP) nesta população. Metodologia: estudo de coorte realizado entre 2018 e 2019 com 12 sujeitos com LGC em comparação com um grupo controle de saudáveis. A capacidade funcional e a ocorrência de DAP foram avaliadas por meio do teste de caminhada de seis minutos (TC6) e do índice tornozelo-braquial (ITB), respectivamente. Foram obtidos os diagnósticos genéticos, dados sociodemográficos e antropométricos. Correlações entre parâmetros metabólicos, ITB e TC6 também foram realizadas. Resultados: os indivíduos com LGC apresentaram redução da distância percorrida prevista (DTC6) (p = 0,009) e aumento da frequência cardíaca (FC), pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) após o TC6 em comparação com indivíduos saudáveis (p <0,05). Verificamos que apenas 25% (n = 3) dos sujeitos apresentaram ITB 0,9 e foram classificados como DAP. Os indivíduos com LGC não apresentaram alterações no ITB e na pressão arterial 12 meses após a reposição da MLP, mas caminharam uma DTC6 maior em comparação com o valor basal (p = 0,04). Além disso, as medidas de DTC6 e ITB direito foram positivamente correlacionadas em indivíduos com LGC (p = 0,03). O ITB direito se correlacionou negativamente com glicose, triglicerídeos e VLDL-c (p <0,05). Conclusão: os dados sugerem que indivíduos com LGC tem menor capacidade funcional e somente 25% da amostra tem DAP. Indivíduos com ITB maior apresentaram maior DTC6.