Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
CAMPOS, Cláudia Marcele de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/47258
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Resumo: |
Diabetes mellitus é uma condição crônica de saúde em que o corpo deixa de produzir o hormônio insulina ou não é capaz de utilizar adequadamente a insulina produzida, o que provoca perigosas alterações nos níveis de glicose no sangue da pessoa. Dentre os tipos de diabetes existentes, o tipo 1, ou DM1, é o mais comum entre crianças e adolescentes (de 0 a 14 anos), e somente no Brasil, em 2019, já eram 51,5 mil pessoas, nessa faixa etária, diagnosticadas com essa doença, segundo a Federação Internacional de Diabetes. Considerando que o direito à educação é assegurado por lei a toda criança e adolescente (BRASIL, 1990), mas que o fato de viver com uma condição crônica pode gerar efeitos negativos no âmbito acadêmico, social e emocional dessas pessoas, justifica-se a realização desta pesquisa. Diante desse contexto, pergunta-se como é o discurso dos pais no sentido de orientar seu filho sobre sua diferença na escola e como fazê-lo se proteger sem se vitimar e continuar crescendo emotivo-intelectualmente? Desse modo, a presente pesquisa teve por objetivo investigar sentidos produzidos por crianças com diabetes mellitus tipo 1, estudantes do ensino fundamental de escolas públicas de Cuiabá-MT, sobre suas relações no âmbito escolar, bem como o processo de interação e inclusão entre a criança e pais; a escola e todo o grupo participante da unidade escolar. Quanto à metodologia, desenvolveu-se uma pesquisa qualitativa, sob o viés interacionista sociodiscursivo, por meio da investigação da produção de sentidos enunciados pelas práticas discursivas dos participantes – uma pesquisa de campo. No aporte teórico, foram utilizados os conceitos de interacionismo sociodiscursivo como linguagem (BAKHTIN, 1997; 2016; BRONCKART, 2007), práticas discursivas e produção de sentidos (SPINK, 2010; 2013), além da análise de dispositivos legais sobre os direitos da pessoa com diabetes, fundamentos da saúde e diabetes. Os dados revelaram que as escolas brasileiras não possuem informações consistentes sobre o diabetes tipo 1 nem estão preparadas para garantir a segurança e o bem-estar de estudantes com essa condição. Revelaram também que o diabetes, isoladamente, não prejudica a capacidade de desenvolvimento emotivo-intelectual da criança ou a interação dela com seus pares, no entanto, esse desenvolvimento está fortemente atrelado à maneira como a mãe se comporta diante da condição de saúde do filho, sendo notório que as famílias com acesso a melhores tratamentos e com mais educação em diabetes incentivam mais as oportunidades de aprendizagem além da instituição escolar. |