ETNOLOGIA DA REGIÃO DE TERENOS E PLANTAS MEDICINAIS UTILIZADAS NA COLÔNIA AGRÍCOLA JAPONESA DE VÁRZEA ALEGRE (JAMIC), TERENOS, MATO GROSSO DO SUL, BRASIL

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: TONET, GISLAINE
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/31415
Resumo: A formação da Colônia Agrícola Várzea Alegre após a implantação Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, juntamente com a presença de outros imigrantes, teve grande influência na formação do Município de Terenos. Objetivou-se com este trabalho realizar o levantamento etnobotânico das plantas utilizadas pelos moradores da Colônia Agrícola de Várzea Alegre e CAMVA (popularmente conhecidas como JAMIC). A linha temática adotada foi a Sociedade, Ambiente e Desenvolvimento Regional Sustentável. Como metodologia, foi aplicado um questionário aos moradores para identificar os usos e tipos de plantas na comunidade, bem como a sua natureza (nativa ou exótica) e realizada coleta de exemplares e estudo sobre o hábitat, domínio fitogeográfico e endemismo, utilizando como base as plantas indexadas no banco de dados Flora do Brasil 2020. Os dados foram analisados e comparados à legislação e artigos científicos sobre seu uso, evidenciando a importância social, ambiente e o sentido de funcionalidade à saúde das práticas culturais locais. Foram entrevistadas 11 famílias da comunidade, pertencentes a 17 núcleos familiares (total de 65% do grupo da comunidade tradicional) e relatado o uso de 15 plantas medicinais, com perfil de baixo uso e presença restrita de exemplares nomeados de forma específica à cultura japonesa, a exemplo do exclusivo shisô. O comportamento da pequena utilização medicinal e a baixa difusão das práticas entre os moradores da colônia local indicaram a dissolução sociocultural gradativa dos hábitos arraigados na cultura, um processo comum às comunidades tradicionais, marcado pela dificuldade de perpetuação das práticas tradicionais.