Efeitos de Política Monetária no Brasil: uma abordagem narrativa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Hachul, Mateus de Melo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.insper.edu.br/handle/11224/5708
Resumo: O presente trabalho tem como foco estimar os efeitos dinâmicos da política monetária na inflação e no produto no Brasil. Para análise destes efeitos devemos separar fatores endógenos de exógenos à política monetária, o que será realizado através da identificação de choques monetários para o Brasil, utilizando uma abordagem narrativa à semelhança dos trabalhos realizados por Friedman e Schwartz (1963) e Romer e Romer (1989), com posterior construção de uma série de momentos em que a autoridade monetária se movimentou com base em fatores exógenos ou realizou mudanças consideráveis na condução de suas decisões (choques). Essa série será instrumento para a análise quantitativa realizada. Foram analisadas 166 decisões do Banco Central do Brasil, englobando o calendário de janeiro de 2003 até março de 2022, sendo identificados 12 choques contracionistas e 13 choques expansionistas, totalizando 25 reuniões. Os resultados (estimados através de uma projeção local) apontam para um efeito acumulado de -4,0% de IPCA em 36 meses após um choque contracionista de 1,0% na taxa Selic, com -5,7% de efeito acumulado em 21 meses. Para o produto (Produção Industrial), temos um vale de -9,6% acumulados em 23 meses, terminando 36 meses ao redor de zero (0,68%).