A síndrome do “não inventado aqui” e a hierarquia como antecedente do fenômeno nos processos intraorganizacionais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Correia Junior, Wanderley
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.repositorio.insper.edu.br/handle/11224/1343
Resumo: O conhecimento é a matéria prima da inovação e a partir dos anos noventa passou a ser entendido como a principal fonte de vantagem econômica para as empresas. Ao voltar as atenções para a questão do conhecimento, inúmeros estudos se depararam com problemas relacionados à sua transmissão. Dentre estes problemas, a síndrome do “não inventado aqui” ficou bastante conhecida e é frequentemente lembrada pelos profissionais que atuam na área de inovação por indicar a tendência que um grupo tem de rejeitar ideias externas a si. Apesar de bastante conhecida e citada, a síndrome do “não inventado aqui” recebeu pouca atenção na literatura acadêmica, principalmente na avaliação da sua dimensão intraorganizacional, ou seja, na rejeição da transferência do conhecimento entre departamentos e áreas de uma mesma empresa. A escassez de estudos quantitativos deste fenômeno, associado a indicações de maior valorização do conhecimento externo pelos grupos, em função da maior raridade que este apresenta, põem em questão a própria existência da síndrome. O presente estudo se debruçou sobre este tema e usando a base de dados oriunda de um programa de gerenciamento de ideias constatou a prevalência do fenômeno. Mais que apresentar evidências quantitativas para a existência da síndrome do não inventado aqui, o estudo contribuiu, também, apontando a hierarquia como um antecedente do fenômeno nos processos intraorganizacionais. Entendida como fonte de poder legítimo baseada na autoridade formal, o estudo aponta que a hierarquia pode tanto aumentar como reduzir a incidência da síndrome dependendo de qual é o fluxo de conhecimento seguido em relação a origem e destino do mesmo na estrutura organizacional. Assim, quando uma ideia é originada num nível hierárquico maior dentro da organização e é encaminhada para um nível abaixo na estrutura, observa-se uma diminuição na ocorrência da síndrome, contudo, quando uma ideia é gerada num nível organizacional inferior àquele para qual a ideia é destinada, então o que se observa é o oposto, ou seja, um aumento da síndrome com uma maior rejeição das ideias propostas.