Variabilidade espaço-temporal da energia cinética turbulenta no oceano Atlântico Sul subtropical

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Catarina Marques Cecilio
Orientador(a): Douglas Francisco Marcolino Gherardi, Ronald Buss de Souza
Banca de defesa: José Luiz Stech, Marco A. Correa-Ramirez
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação do INPE em Sensoriamento Remoto
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Resumo em Inglês: In the South Atlantic Ocean (SAO) part of the inter-oceanic flow is accomplished through the issuance of anticyclonic eddies by the Agulhas Retroflection.The Agulhas Leakage (AL), is responsible by the intermittent shedding of eddies in the SAO. The propagation of eddies into the SAO induces wave processes ranging from high to low frequency allowing the interaction between modes of variability of different basins. In the last years, several studies have been suggesting the intensification of AL and the increasing of communication of subtropical gyre of South Indic Ocean and SAO. The aim of this study was investigate the variability of the eddy kinetic energy (EKE) related to mesoscale features into SAO. We used sea level anomaly (SLA) and zonal and meridional geostrophic velocity anomaly derived from satellite altimetry. Statistical analysis about space and frequency as the Empirical Orthogonal Functions (EOF) and the Multitaper Method - Singular Value Decomposion (MTM- SVD) were used to evaluate the pattern of individual and joint spatio-temporal variability of the EKE, the SLA and the meridional geostrophic velocity anomaly fields. The ECT has a strong annual variability in the SAO and in the Brazil Current, while this frequency is not so strong in the BMC and AL. The pattern of variability in the most energetic mesoscale activity regions (BMC and AL) is different. In the BMC region the interannual variability has a related pattern, while in the AL region most part of variability is related to high frequencies. The results show that the variability of EKE depends both large scale (low frequency) and regional scales process (high frequency). In addition, this study emphasize the influence of the Agulhas eddies in the ocean circulation variability of the SAO.
Link de acesso: http://urlib.net/sid.inpe.br/mtc-m19/2013/07.15.12.46
Resumo: No Oceano Atlântico Sul (OAS) parte do fluxo do giro anticiclônico é influenciado pela entrada de águas do Oceano Índico transportadas por vórtices oriundos da retroflexão da Corrente das Agulhas, região conhecida como Vazamento das Agulhas (VA). A presença desses vórtices no OAS induz processos ondulatórios que permitem a interação entre modos de variabilidade das diferentes bacias, variando de alta a baixa frequência. Nos últimos anos, diversos estudos apontam para uma intensificação do VA e, consequentemente, para um aumento da comunicação dos giros subtropicais do Índico Sul e do Atlântico Sul. Este estudo tem como objetivo investigar a variabilidade da energia cinética turbulenta (ECT) associada a feições de mesoescala no OAS. Foram utilizados dados derivados de satélites altimétricos, como anomalia do nível do mar (ANM) e anomalia da velocidade geostrófica meridional e zonal. Análises estatísticas no domínio do espaço e da frequência, como Funções Ortogonais Empíricas (EOF) e o Método Multitaper- Decomposição em Valores Singulares (MTM-SVD), foram aplicadas para examinar o modo de variabilidade espaço-temporal individual e conjunto dos campos de ECT, ANM e anomalia da velocidade geostrófica meridional. As análises de variabilidade da ECT mostram uma forte variabilidade anual no OAS e na Corrente do Brasil, enquanto no CBM e no VA esta frequência é menos intensa. Nas regiões de atividade de mesoescala mais energéticas (CBM e VA) o padrão de variabilidade é diferente. Na região da CBM a variabilidade interanual é dominante, enquanto que na região do VA a maior parte da variabilidade é associada à alta frequência. Tais resultados demonstram que a variabilidade da ECT é influenciada tanto por processos de larga escala (baixa frequência) como de escala regional (alta frequência) e evidenciam a influência dos vórtices das Agulhas na variabilidade da circulação oceânica do Atlântico Sul.