Comunidade de pequenos mamíferos em um mosaico de plantações de eucalipto, florestas primárias e secundárias na Amazônia Oriental
Ano de defesa: | 2006 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Ecologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11865 http://lattes.cnpq.br/4855431051907114 |
Resumo: | A Amazônia Brasileira, palco de um dos mais altos níveis de biodiversidade do planeta, é um forte alvo para a expansão do setor silvicultural no país. Entretanto, a despeito dos incentivos políticos existentes para o Brasil investir neste mercado, o conhecimento sobre os impactos que esse tipo de produção exerce sobre as comunidades animais ainda é incipiente ou mesmo inexistente. No nordeste da Amazônia Brasileira, quinze sítios de florestas primárias, secundárias e plantações de eucalipto foram intensivamente amostrados para avaliar os impactos das alterações na estrutura do habitat sobre a comunidade de pequenos mamíferos. A riqueza não variou significativamente entre os habitats, mas foi observada uma tendência negativa nos habitats com menor complexidade estrutural. Sítios com maior proporção de plantações de eucalipto e florestas secundárias de regeneração recente, dentro de escalas espaciais superiores a três quilômetros, apresentaram uma perda significativa da riqueza. Além disso, houve diferenças significativas na composição de espécies entre os habitats de florestas primárias e os de florestas secundárias e plantações de eucalipto, relacionadas com a proporção de variáveis estruturais como o volume de troncos caídos, a área basal de árvores e a estratificação da folhagem acima de dez metros de altura. Os resultados sugerem que embora tais modificações possam favorecer algumas espécies, a perda de complexidade estrutural, associada a uma menor cobertura de dossel e permeabilidade da matriz, pode acarretar em conseqüências danosas para várias outras espécies, especialmente as arborícolas. A diminuição da extensão das áreas de operação com uma maior interpolação de florestas primárias, além da regeneração natural do sub-bosque em plantações de eucalipto são algumas estratégias que devem ser adotadas para mitigar os efeitos negativos da alteração da paisagem e da estrutura dos habitats. Tais ações virão agregar valor para a conservação da biodiversidade onde o uso da terra está voltado para o setor silvicultural. |