Predação de animais domésticos e plantações no entorno do Parque Nacional do Iguaçu (PR) - análise da percepção de fazendeiros e alternativas de manejo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Manzatti, Lucila
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11142/tde-20220208-105758/
Resumo: A percepção de fazendeiros com relação à predação de animais domésticos e plantações por mamíferos silvestres foi analisada através de um levantamento em 60 propriedades, no entorno do Parque Nacional do Iguaçu, Paraná. As informações fornecidas corresponderam ao período entre janeiro 1995 e janeiro de 1999. Cerca de 80% dos entrevistados registraram perdas de animais domésticos em 66 ocasiões. A onça-pintada (Panthera onca) e a onça-parda (Puma concolor) estiveram envolvidas em 62% dos eventos. Trinta e um proprietários tiveram seus cultivas atacados em 42 ocasiões, sendo que cinco espécies foram responsáveis por 86% dos eventos: queixada (Tayassu pecan), capivara (Hidrochoerus hidrochaeris), quati (Nasua nasua), cateto (Tayassu tajacu) e tatu (Dasypus novemcinctus). De forma geral, os prejuízos causados nos cultivos são considerados irrelevantes, assim como sobre animais domésticos de baixo valor comercial. Os proprietários apresentaram conhecimento básico sobre as principais espécies envolvidas, assim como atitudes positivas. Existe, porém, uma tendência ao desenvolvimento de atitudes negativas para com os grandes felinos, uma vez que as perdas associadas a eles representam fontes de investimentos e rendimentos, como por exemplo gado e ovelhas A conservação de mamíferos silvestres, no entorno do Parque Nacional do Iguaçu depende do apoio dos proprietários na solução dos conflitos de predação. Para tanto, torna-se necessário o desenvolvimento de programas de extensão e educação ambiental que disponibilizem conhecimentos técnico sobre métodos preventivos e incluam componentes cognitivos e afetivos.