Avaliação de um sistema de inventário florestal contínuo em áreas manejadas e não manejadas do Estado do Amazonas (AM)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Lima, Adriano José Nogueira
Orientador(a): Santos, Joaquim dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA
Programa de Pós-Graduação: Ciências de Florestas Tropicais - CFT
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/4963
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4795198Y0
Resumo: Este trabalho é base do sistema de inventário florestal contínuo (IFC) para o Estado do Amazonas, para ser utilizado na definição e implementação pelo Poder Público de políticas públicas para manejo florestal e projetos de mudanças climáticas . Foram executados estudos sobre estoque de madeira e carbono; dinâmica florestal de áreas não perturbadas, manejadas experimentalmente e empresarialmente; alometria para determinação dos estoques de volume; determinação da altura dominante a partir do inventário de madeira caída e por último determinação de custos de instalação, medição e monitoramento de IFC. Foram utilizados os dados dos inventários florestais em áreas manejadas e não manejadas dos seguintes sítios: Embrapa, MIL Madeireira, ST Manejo de Florestas Ltda, as Resex´s Auati-Paraná, do rio Jutaí, do Baixo Juruá, do Lago do Capanã Grande e do rio Unini; Flona do Pau Rosa e Floresta Estadual de Maués e por último a RDS do Juma. Em cada sítio inventariado, a madeira caída foi utilizada para desenvolver equação local de volume e para estimar a altura dominante que foi utilizada para corrigir a equação de biomassa desenvolvida na região central de Manaus (Estação ZF-2). No sítio MIL Madeireira foi analisado a dinâmica da floresta manejada desde 1995, escala empresarial, tanto do ponto de vista do volume de madeira como de carbono. A Estação ZF-2 do INPA foi utilizada como referência para dinâmica de carbono. Para o Estado do Amazonas, a estimativa do número de indivíduos, área basal, volume de madeira, biomassa total e carbono total, respectivamente foram: 505 ± 52 ind.ha-1; 25,63 ± 1,84 m2.ha-1; 306,50 ± 34,23 m3.ha-1; 563,56 ± 38,66 e 160,34 ± 11,25 (IC 95%). As florestas da Estação ZF-2 e da Comunidade do São José do Inambé (Resex Auati-Paraná, Fonte Boa) têm apresentado incrementos positivos de carbono de 0,03 ± 0,47 t.ha-1 (IC 95%) e 0,91 ± 0,94 t.ha-1 (IC 95%), respectivamente. Onze anos depois da primeira exploração seletiva de madeira na MIL Madeireira o estoque de volume comercial foi de 129,3 ± 28,0 m3.ha-1 e carbono de 153,6 ± 24,5 t.ha-1 (IC 95%), mostrando que passados 11 anos os serviços ambientais são recuperados. As equações não lineares foram as escolhidas para estimar o volume de madeira de cada sítio estudado, com R2 acima de 80% e Syx% abaixo de 10%. Para fins de planejamento de inventário florestal, o custo estimado para instalação e medição foi de R$ 554, 66 ± 120,09 (IC 95%) e para o monitoramento de R$ 452,19 ± 360,20 (IC 95%). O estudo conclui que o Estado do Amazonas tem uma rede de inventário florestal contínuo com metodologia confiável, auditável e replicável.