Madeira caída como oportunidade para o manejo florestal comunitário em unidades de conservação no Amazonas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Rocha, Janaína de Almeida
Orientador(a): Higuchi, Niro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Ciências de Florestas Tropicais - CFT
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/4946
http://lattes.cnpq.br/6453883551141824
Resumo: As áreas protegidas são o pilar central das estratégias de conservação da biodiversidade no planeta. No entanto, milhões de pessoas no mundo dependem diretamente dos recursos florestais para sua subsistência, especialmente os moradores de áreas legalmente protegidas. A utilização dos recursos naturais na geração de renda para as comunidades é comum em países tropicais. Na Amazônia, produtos de madeira são muito utilizados na subsistência e geração de renda. No entanto a exploração de madeira na região é predatória, pois concentra renda e causa desmatamento. Além disso, menos da metade da madeira retirada da floresta é transformada em produtos florestais, gerando muitos resíduos. As comunidades humanas de áreas protegidas no Brasil podem desempenhar um papel importante na proteção de seus territórios. A fim de contribuir para o desenvolvimento da cultura do manejo florestal comunitário em áreas protegidas, o objetivo deste estudo é verificar a viabilidade da utilização de madeira caída como matéria-prima para confeccionar pequenos objetos de madeira. Os estudos focaram as estimativas de volume de madeira caída, verificação de viabilidade econômica com base na avaliação do índice benefício-custo e análises químicas de 20 espécies diferentes de madeira, que poderiam ser utilizadas para confecção de pequenos objetos. A média do volume de madeira caída nos quatro sítios estudados variou entre 6,71±3,12 e 9,19±2,41 m^ha"'' (IC 95%),o que é viável para manejo, em um contexto comunitário ou mesmo para uma indústria de móveis. O plano é a introdução de técnicas de marchetaria para pequenos produtos de madeira e movelaria. Todas as espécies de madeira submetidas à análise química mostraram que os níveis de extrativos corroboram com os dados expressos na literatura para as mesmas espécies. Sobre a ocorrência de compostos potencialmente tóxicos, houve ausência de heterosídeos cianogênicos em todas as amostras analisadas. Algumas espécies analisadas apresentaram ocorrência de compostos potencialmente tóxicos que devem ser estudados para verificar a possibilidade da aplicação dessas espécies em utensílios de cozinha ou brinquedos. Com este estudo, verificou-se que o manejo de árvores caídas é viável, e pode ser uma importante fonte de renda para os moradores de unidades de conservação na Amazônia brasileira. As informações geradas agregam tecnologia e otimização da utilização do tronco da árvore, a melhoria da gestão das florestas tropicais sem corte de árvores.