Equações volumétricas e o modelo que utiliza o fator de forma médio: um estudo de caso na Amazônia Central

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Gimenez, Bruno Oliva
Orientador(a): Higuchi, Niro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Ciências de Florestas Tropicais - CFT
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5087
http://lattes.cnpq.br/5693293146677192
Resumo: Foram ajustados diversos modelos de volume comercial com casca em dois locais distintos da Amazônia Central. Os melhores modelos foram comparados com o modelo mais difundido para estimativa do volume de madeira da floresta Amazônica. Este modelo consiste em utilizar o volume do cilindro modificado (π x DAP²/4 x Hc) multiplicado por um fator de forma médio igual a 0,7. Para isto, foram cubadas 54 árvores-amostra com DAP ≥ 30 cm em uma área de desmatamento autorizado localizado no município de Rorainópolis, sul do estado de Roraima. Também foram cubadas em pé com técnicas de escalada, 64 árvores-amostra do gênero Eschweilera com DAP ≥ 10 cm na E.E.S.T/INPA (ZF-2) localizada a 90 km de Manaus. Em ambas as áreas foram testados oito modelos volumétricos, sendo quatro modelos de simples entrada com a variável independente DAP e quatro modelos de dupla entrada com as variáveis independentes DAP e altura comercial (Hc). Em Rorainópolis foram testados adicionalmente oito modelos com a substituição da variável independente DAP pela variável independente diâmetro do toco (Dtoco). O modelo que melhor se ajustou aos dados e à realidade da região sul de Roraima foi o de Husch (V = 0,000503 * DAP^2,157162) devido aos seus indicadores robustos (R²ajust = 0,899 e Syx = 1,38 m³) e por não possuir a altura comercial como variável independente. Para a estimativa do volume comercial a partir da variável independente Dtoco o modelo indicado também foi o de simples entrada de Husch (V = 0,002603 * DAP^1,761132) (R²ajust. = 0,789 e Syx = 1,93 m³). Entretanto, em áreas que possuam tocos juntamente com as árvores abatidas, o modelo de dupla entrada de Schumacher e Hall (V = 0,000263 * Dtoco^1,782244 * Hc^0,765729 ) também pode ser utilizado uma vez que apresentou as melhores estatísticas dentre todos os modelos testados com estas variáveis (R²ajust. = 0,872 e Syx = 1,51 m³). Na ZF-2 o modelo de Husch (V= 0,000320 * DAP^2,242681) por apresentar indicadores robustos (R²ajust. = 0,975 e Syx = 0,07 m³) e não possuir a altura comercial como variável independente, devido ao elevado erro do tipo não amostral associado aos seus valores, é o mais indicado para estimar o volume de madeira para o gênero Eschweilera. Com relação ao modelo que utiliza o fator de forma médio conclui-se que este não é o método mais preciso para se estimar o volume de madeira em ambas as áreas de estudo. Esta forma de cálculo é predominante em Rorainópolis e tem estreita relação com o desmatamento ilegal, uma vez que nos inventários florestais a variável Hc presente neste modelo, é superestimada de forma induzida, o que acarreta em um maior erro do tipo não amostral.