Crescimento, aspectos nutricionais e fotossintéticos de plantas jovens de bertholletia excelsa h. b. submetidas à diferentes tratamentos de fertilização

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Corrêa, Viviane Maia
Orientador(a): Gonçalves, José Francisco de Carvalho
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Ciências de Florestas Tropicais - CFT
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5030
http://lattes.cnpq.br/1333427505974285
Resumo: A castanheira (Bertholletia excelsa H. B.) tem sido uma das espécies florestais nativas mais utilizadas para compor sistemas agroflorestais e plantios homogêneos na região amazônica devido suas excelentes características silviculturais, porém são escassos trabalhos que contemplem as respostas da espécie, sob o ponto de vista do desempenho em crescimento e fisiológico, quando submetida a tratamentos de fertilização. O objetivo desta pesquisa foi investigar as respostas de crescimento, os aspectos nutricionais e as características fotossintéticas de plantas jovens de Bertholletia excelsa submetidas a diferentes tratamentos de fertilização. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, sendo as plantas cultivadas em Latossolo Amarelo de textura muito argilosa. Os tratamentos foram: T1 (controle – sem adubação), T2 (Ca e Mg), T3 (Ca, Mg, K, N + micronutrientes), T4 (Ca, Mg, K, N, 100 mg kg-1de P + micronutrientes), T5(Ca, Mg, K, N, 200 mg kg-1de P + micronutrientes), T6 (Ca, Mg, K, N, 400 mg kg-1de P + micronutrientes), T7 (Ca, Mg, K, N, 500 mg kg-1de P + micronutrientes. Além das análises de fertilidade do solo, também foram estudados o crescimento em altura e diâmetro, o índice de ganho foliar, o comprimento da raiz principal, a área foliar, a área foliar específica e o acúmulo de matéria seca das plantas, bem como os teores de nutrientes foliares, a eficiência no uso dos nutrientes, as trocas gasosas, os teores de pigmentos cloroplastídicos, a fluorescência da clorofila a e os teores de açúcares solúveis totais e amido. Com relação ao crescimento em altura e diâmetro, enquanto o tratamento T1 cresceu em altura 3,0 cm mês-1,os tratamentos T6 e T7 destacaram-se com taxas de crescimento mensal da ordem de 7,9 e 7,6 cm mês-1, ao passo que, o diâmetro para estes tratamentos exibiu incremento mensal de 0,4 (T1), 0,9 (T6) e 0,8 (T7) mm mês-1. Os tratamentos T5, T6 e T7 destacaram-se no acúmulo de biomassa e exibiram área foliar até três vezes maior que o tratamento T1. O comprimento da raiz principal e a razão raiz/PA foi maior no tratamento T1 (94,1 cm e 0,48), enquanto no T6 os valores para estas duas variáveis foram 38,2 cm e 0,16. Os tratamentos apresentaram diferenças significativas quanto à área foliar específica. Quanto aos teores foliares de nutrientes, T1, T6 e T7 obtiveram os maiores teores de P. As taxas de fotossíntese máxima variaram entre 7,3 e 11,0 μmol m-2 s-1, com as maiores taxas observadas em T1, T6 e T7. Os teores de clorofila a foram maiores no tratamento T5 (2,87 μmol g-1), clorofila b no tratamento T4 (1,01 μmol g-1) e carotenóides no tratamento T6 (1,11 μmol g-1). As análises de fluorescência da clorofila a indicam que os tratamentos T1, T6 e T7 apresentaram melhor desempenho fotoquímico considerando todos os parâmetros analisados (Fv/Fm, PIABS e PItotal). Os teores de açúcares solúveis totais foram maiores nos tratamentos T1 e T2, enquanto os teores de amido foram maiores nos tratamentos T6 e T7. Diante destes resultados, pode-se concluir que B. excelsa respondeu aos tratamentos de fertilização fosfatada no que se refere às taxas de crescimento e acúmulo de massa seca, e que o desempenho fotossintético da espécie é fortemente relacionado ao teor de P nas folhas, influenciado pela maior eficiência de captação e uso da energia.