Estudos observacionais das principais fontes de emissão de compostos orgânicos voláteis (COV) em floresta intacta de terra firme na Amazônia Central

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Silva, Carina Prado da
Orientador(a): Luizão, Flavio Jesus
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Clima e Ambiente - CLIAMB
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12608
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4739160T4
Resumo: Em escala global, as maiores emissões de compostos orgânicos voláteis (COV) biogênicos ocorrem nos trópicos, e as florestas tropicais são consideradas como sendo a maior fonte de COVs na atmosfera. Na Amazônia, uma significante fração de carbono que vai para a atmosfera é emitida na forma de COV biogênico, e o conhecimento destas emissões é importante para o entendimento da Química Atmosférica Tropical e Global e para o ciclo de carbono, e, por sua vez, para o entendimento das mudanças climáticas globais. Este estudo é parte integrante do Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA) e foi desenvolvido na Reserva do Cuieiras, ao norte de Manaus. As coletas de COVs foram realizadas nos meses de maio e junho de 2009, as amostras foram coletadas simultaneamente em três alturas diferentes dentro do pefil da floesta (1 m, 10 m e 20 m) na torre K34 e no solo (com liteira, sem liteira e solo mineral) para a determinação da concentração de COVs e o fluxo dos mesmos no solo. As amostras foram analisadas com Cromatógrafo a Gas acoplado ao Espectrômetro de Massas. Foram calculadas as concentrações médias dos compostos isopreno, monoterpenos e sesquiterpenos nas três diferentes alturas. Isopreno foi predominante em todas as alturas, com uma concentração média de aproximadamente 4 ppb (partes por bilhão). A soma das concentrações de monoterpenos deu abaixo de 1 ppb e as concentrações de sesquiterpenos representaram menos de 2 % dos COVs identificados. As maiores concentrações médias de monoterpenos e sesquiterpenos foram encontradas a 10 m de altura, enquanto para o isopreno, suas concentrações médias foram diretamente propocionais a altura. Das espécies químicas de monoterpenos as mais abundantes foram α-pineno, limoneno, e dentre os sesquiterpenos, o β-selineno se destacou. Identificou-se uma dependência das concentrações dos terpenóides à radiação fotossintéticamente ativa, principalmente acima de 10 m, e uma correlação entre o isopreno e os monoterpenos e sesquiterpenos. Os fluxos de terpenos do solo foram maiores com a presença da cobertura de liteira do que descoberto e as espécies mais abundantes foram canfeno, d-careno, o-cimeno e α-copaeno.