Mudanças sazonais na emissão de isoprenóides em uma floresta primária na Amazônia central

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Alves, Eliane Gomes
Orientador(a): Silva, Julio Tóta da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Clima e Ambiente - CLIAMB
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12944
http://lattes.cnpq.br/7472355725997107
Resumo: As florestas tropicais são a maior fonte de isoprenóides para a atmosfera global. Considerando a representatividade da floresta Amazônica frente as demais florestas tropicais no globo, é possível destacar a necessidade de medidas de isoprenóides neste ecossistema. No entanto, poucos estudos com medidas in situ estão apenas começando a investigar as variações sazonais nas emissões de isoprenóides e outros Compostos Orgânicos Voláteis (COVs) na floresta Amazônica. Por isso, neste estudo, perfis verticais de razão de mistura de isopreno, monoterpenos totais (TMt) e sesquiterpenos totais (TSt) foram quantificados dentro e acima do dossel em uma floresta primária na Amazônia central, usando um Reação por Transferência de Prótons - Espectrômetro de Massas (PTR-MS). Os fluxos do dossel para a atmosfera foram estimados pelo modelo inverso de transporte Lagrangiano, e as medidas ocorreram da estação seca (Setembro/2010) a estação chuvosa (Janeiro/2011), continuamente. Além disso, medidas de fluxo de isopreno usando um sistema de Acumulação de Vórtices Relaxados (REA) foram realizadas em campanhas intensivas de Junho/2013 a Dezembro/2013, caracterizando as estações: transição de chuvosa para seca, seca, transição de seca para chuvosa e começo da chuvosa. Os resultados apresentaram uma tendência de sazonalidade para as emissões de isoprenóides, sendo as máximas emissões encontradas durante a estação seca e a estação de transição de seca para chuvosa. Para isopreno, menores valores de emissões foram observados durante a estação de transição chuvosa para seca, sugerindo que isto poderia estar relacionado com as variações de demografia foliar e estimativas de fenologia foliar. Uma comparação entre emissão de isopreno derivada de observações por satélite e medidas em superfície demonstrou que ambos apresentaram a mesma tendência de sazonalidade. As estimativas reproduzidas pelo MEGAN 2.1 não concordaram com as medidas de emissão de isoprenóides, entretanto isto poderia ser relacionado ao fato de que apenas variações sazonais de luz e temperatura foram consideradas para executar o modelo, o que pode não reproduzir os efeitos simultâneos de outros fatores ambientais e biológicos, como a fenologia foliar. Os resultados aqui apresentados sugerem que, além das mudanças sazonais na luz e temperatura, a variação sazonal das emissões de isoprenóides podem ser dirigidas também por mudanças sazonais na demografia foliar e na ontogenia das folhas.