Evolução do desmatamento de um mosaico de unidades de conservação do município de Sena Madureira – Acre e suas implicações para gestão
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Gestão de Áreas Protegidas da Amazônia - GAP
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12907 http://lattes.cnpq.br/1576106757634378 |
Resumo: | Este estudo analisou a evolução do desmatamento de 1988 a 2014 em um mosaico de Unidades de Conservação em Sena Madureira – Acre e o seu entorno para fins de gestão destas unidades. Este mosaico é composto pela Reserva Extrativista Cazumbá Iracema, Floresta Nacional do Macauã e Floresta Nacional de São Francisco totalizando uma área de 968.438 ha. Foi utilizado dados do “Programa de Cálculo do Desflorestamento da Amazônia – PRODES” e dados do método Hansen et al. (2013), ambos baseados em imagens Landsat. O foco do estudo foi no desmatamento no Mosaico e 10 km de seu entorno. Os cálculos foram feitos em ArcGis 9.3 e Excel. A área foi estratificada em faixas marginais interna e externa de distância 10 km do limite do mosaico para identificar áreas críticas para gestão. Em um segundo processo de estratificação a área foi dividida em duas macrorregiões (nordeste e sudoeste), seguido por uma terceira estratificação em seis regiões, subdivididas em faixas dentro e fora do entorno. Durante o período 1988 a 2014 foram desmatados 6.385 ha dentro do Mosaico de Estudo que corresponde à 0,7% da área total do Mosaico. Na estratificação, em faixas marginais internas e externas de 10km foi encontrado 1,1% desmatada da faixa de 10km interna ao limite do Mosaico e 8,6% da faixa de 10km externa A macrorregião nordeste, que tem 23% da área de Mosaico contem cerca de 97% da área desmatada. Desta forma conclui-se que a grande maioria dos desmatamentos está concentrada em uma área de menos de um quarto da área total. Na análise temporal, utilizando os dados do PRODES, foi constado que há um decréscimo geral nas taxas anuais de desmatamento para o período de 2000 a 2014, com picos alternados de ano em ano. Os bancos de dados PRODES e Hansen produziram valores cumulativos semelhantes quando agrupado por estrato; nove dos doze estratos tiveram diferenças dentro da faixa de ±20%. Porém quando analisado separadamente por ano os valores por estratos apresentaram as vezes até 182% que não pode ser explicado pelo critério de tamanho mínimo de polígono registrado ou pela diferença em mês do início do ano (agosto versus janeiro). Durante o período de 2000 a 2003, por exemplo, o PRODES registrou um aumento dramático nos estratos na taxa de desmatamento quando os dados de Hansen indicaram uma redução na taxa. Para fins de gestão sugere-se usar os dois bancos de dados para identificar tendências nas taxas. Quando as duas tendências são consistentes, as decisões sobre local e velocidade de transformação da paisagem são mais robustas. Quando as tendências são divergentes, a recomendação é usar informações adicionais para determinar qual das duas é mais representativa da realidade. |