Diversidade beta na floresta ombrófila densa da Amazônia Brasileira
Ano de defesa: | 2008 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Ecologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11827 http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4236032Y4 |
Resumo: | É motivo de intenso debate a identidade dos fatores que dirigem a diversidade beta de florestas tropicais. O consenso não foi atingido dada a obtenção de resultados que corroboram as diferentes explicações sobre a mudança na composição florística ao longo do espaço geográfico. Apesar dessa questão ainda estar em aberto, as fitofisionomias são freqüentemente utilizadas como proxies de diversidade beta na escolha de áreas de conservação. O objetivo deste trabalho é avaliar a validade dessa prática, além de verificar como se altera a composição florística da fitofisionomia de Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas (FTB) ao longo do espaço geográfico e ao longo dos gradientes ambientais de altitude, sazonalidade climática e fertilidade do solo. A variação na composição florística ao nível de gênero para árvores grandes (> 31,2 cm DAP) foi examinada dentro da FTB da Amazônia brasileira utilizando inventários do Projeto RADAM agrupados em 49 objetos, cada um com uma média de 260 árvores. Após a introdução de objetos de uma fitofisionomia distinta (Floresta Aberta com Palmeiras) e ordenamento por NMDS em dois eixos, os dois grupos não puderam ser distintos por ANOVA. Isso indica que, ao menos ao nível de gênero, essas fitofisionomias não devem ser vistas como um bom proxy de diversidade beta. As variáveis ambientais e geográfica foram utilizadas em árvores de regressão aplicadas aos objetos da FTB, que indicaram a existência de uma variação composicional no sentido leste-oeste, além de grupos determinados por altitude e sazonalidade. As contribuições da distância geográfica e ambiental foram examinadas por meio de regressão entre matrizes, constituídas por pares de objetos. Dois conjuntos de objetos foram examinados um completo e outro sem 14 objetos que excederam o limite de altitude e sazonalidade definido para FTB. Para a distância florística quantitativa e o conjunto completo de objetos, o efeito simples da distância ambiental (35%) foi maior que o efeito simples de distância geográfica (26%), mas houve grande sobreposição dos dois efeitos, que juntos explicaram 38% da variação total na composição. Para o conjunto reduzido de objetos, os dois fatores juntos explicaram apenas 22% da variação, sendo que a distância geográfica simples (10,5%) teve um efeito um pouco maior que a ambiental (7,2%), com sobreposição muito reduzida (4%). Dados qualitativos (presença/ausência) tiveram comportamento similar aos quantitativos, tanto para o conjunto completo como para o grupo reduzido de objetos. O GDM (Generalized Dissimilarity Modelling) é uma extensão não linear da regressão de matrizes, e forneceu resultados muito diferentes dos obtidos com as técnicas anteriores. Isso poderia evidenciar sua capacidade de isolar as correlações entre variáveis, entretanto, dadas as limitações da função disponibilizada, seus resultados devem ser interpretados com cautela. |