Regeneração natural em fragmentos de floresta ombrófila densa na Bacia do Rio Capibaribe, Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: LIMA, Aldení Silva de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Ciência Florestal
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/5419
Resumo: Os fragmentos florestais ciliares são de grande importância para manutenção da diversidade biológica, pois atuam como corredores ecológicos, facilitando a dispersão animal e vegetal entre áreas, além de auxiliarem na regularização do regime hídrico e na estabilidade dos solos. Assim, o presente trabalho objetivou caracterizar a fitossociologia do componente lenhoso regenerante em áreas ciliares, visando avaliar o potencial de regeneração natural em cinco fragmentos de Floresta Ombrófila Densa na Bacia Hidrográfica do Rio Capibaribe, PE. Os fragmentos estudados (Mata de São João, Mata de Camurim, Mata de Quizanga, Mata de Gravatá e Mata de Indaiá) pertencem à usina Petribú. O clima é do tipo tropical úmido (As’ de Köppen), com temperatura média anual de 25ºC e a precipitação média anual de 1.500 mm, com chuvas concentradas nos meses de abril a julho. Para a amostragem do componente lenhoso regenerante foram alocadas 50 parcelas permanentes de 1x25 m (25 m2), sendo 10 em cada fragmento, dispostas sistematicamente, partindo do leito do rio adentrando o fragmento e distanciadas 25 m uma das outras (1.250 m2). Nessas parcelas foram amostrados todos os indivíduos com circunferência à altura da base (CAB 0,30 cm) < 15 cm e com as seguintes classes de altura: Classe 1 com H > 1,0 m e H < 2,0 m, classe 2 com altura H > 2,0 m e H < 3,0 m e classe 3 com H > 3,0 m. A identificação dos indivíduos procedeu-se por meio da coleta do material botânico e por comparação em Herbário, utilizando o sistema de classificação de Cronquist (1988). Foram calculados os seguintes parâmetros fitossociológicos: Densidades, Dominâncias e Frequências (Absolutas e Relativas), além da estimativa da Regeneração Natural Total e por classe de tamanho. Nos cinco fragmentos, as famílias mais representativas em riqueza de espécies foram Myrtaceae, Melastomataceae, Moraceae, Sapindaceae e Mimosaceae. Em relação ao número de espécies e indivíduos, destacaram-se as Matas de São João e Indaiá. Para a estimativa da regeneração natural relacionado ao valor de importância há uma correlação e a espécie que ocorre em todas as áreas estudadas é Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand. Os valores de densidade e dominância absoluta variaram de 8.160 a 17.560 ind.ha-1 e de 18,35 a 34,24 m2.ha-1, respectivamente. Na distribuição dos indivíduos por classes de regeneração, nas cinco áreas houve um predomínio de indivíduos nas primeiras classes, indicando um estágio inicial de sucessão. Pelas análises multivariadas (DCA e Agrupamentos - distância euclidiana), observou-se que os fragmentos possuem uma similaridade significante em relação à florística e a variáveis estruturais.