Anatomia ecológica da folha e da raiz e aspectos ecofisiológicos de Orchidaceae epífitas de uma campina da Amazônia central

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Bonates, Luiz Carlos de Matos
Orientador(a): Braga, Pedro Ivo Soares
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Botânica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12824
http://lattes.cnpq.br/0643251828351181
Resumo: Relaciona-se a anatomia ecológica da folha e da raiz de vinte e cinco espécies epífitas de Orchidaceae ocorrentes na Campina amazônica com as vias de fixação do Carbono do tipo C 3 e CAM, com a distribuição espacial e com o manejo orquidiocultural. Adicionalmente, propõe-se um modelo anatômico descritivo para as raízes absorventes e uma classificação para os feixes fibrovasculares, além de se dividir as lâminas foliares destas espécies em categorias e se fazer interpretações ecológicas e evolutivas. Assim, temos que Brassavola martiana, Bulbophyllum setigerum, Cattleya eldorado, Encyclia amicta, Encyclia tarumana, Encyclia vespa, Epidendrum compressum, Epidendrum huebneri, Epidendrum sculptum, Epidendrum strobiliferum, Maxillaria tarumaensis e Maxillaria uncata, adotam, alternadamente, em períodos quentes e secos, a via CAM, estando aptas para vegetarem em ambientes com radiação abundante, xéricos e /ou oligotróficos, como os da campina aberta e, na orquidiocultura, podem dispensar um regime rigoroso de irrigação. Por outro lado, temos que Bifrenaria longicornis, Encyclia fragrans, Epidendrum nocturnum, Maxillaria sp, Maxillaria camaridii, Maxillaria pauciflora, Maxillaria pendens, Maxillaria rudolfi, Maxillaria villosa, Ornithidium parviflorum, Rudolfiela aurantiaca, Sobralia fragrans e Sobralia macrophylla possuem somente a via de fixação C 3 , não apresentando via alternativa para períodos quentes e secos, sendo que esta falta é compensada pela presença de pseudobulbos, graus variados de suculência ou por perda estratégica de folhas, estando bem adaptadas para a colonização de ambientes umbrófilos como os da Campina sombreada e, na orquidiocultura, necessitam de um regime mais rigoroso de irrigação. As espécies possuem em comum, porém com número diferenciado, vários caracteres anatômicos e que estão diretamente relacionados com o xeromorfismo, oligotrofismo e herbivoria, entre outros, que em conjunto, constituem uma síndrome adaptativa evolutiva para os ecossistemas amazônicos.