Caracterização do micro-habitat dos ninhos e predação dos ovos de Podocnemis erythrocephala em áreas de desova no Rio Ayuanã, AM

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Novelle, Soledad Maria Holzhausen
Orientador(a): Vogt, Richard Carl
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Ecologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11828
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4745625J2
Resumo: Os quelônios de família Podocnemidae são uma importante fonte de proteína para as populações ribeirinhas da Amazônia. O comércio ilegal tem exercido pressão sobre as populações de quelônios ameaçando populações locais. Podocnemis erythrocephala, que ocorre quase que restritamente em águas pretas, tem sido consumida por estas populações há décadas e, apesar da sua relativa abundância na região do Rio Negro, relatos de moradores locais apontam a diminuição das populações deste quelônio no local. O objetivo deste trabalho foi coletar informações que contribuam para o futuro manejo e conservação desta espécie na Bacia do Rio Negro, e em particular, dados sobre a ecologia reprodutiva desta espécie num afluente do Rio Negro, o Rio Ayuanã. Nas estações reprodutivas de 2004 e 2005 o número total de ninhos estudados foi de respectivamente de 93 e 174. Foram coletados dados da morfologia dos ninhos, ovos e filhotes. As áreas de campina aberta obtiveram uma maior abundância de ninhos. A proporção sexual dos filhotes foi de 1:1. A distância do ninho a mata foi a única variável que caracterizou o microhabitat dos ninhos (0 a 20m da borda da mata). Foi encontrada uma relação positiva entre o número e o peso dos ovos. Uma relação positiva foi encontrada entre o sucesso de eclosão e o tempo de incubação dos ovos. Pôde-se observar que ninhos com distâncias médias entre eles de 20 e 25m apresentaram taxas de predação mais baixas (45%) enquanto os ninhos menos dispersos (15m) apresentaram taxas mais altas (70 e 80%). A praia foi o ambiente com a menor taxa de predação. A cobertura de vegetação do solo foi a única variável que influenciou o número de ninhos predados. Os predadores atacaram 48.43% dos ninhos que só possuíam odor. Os ninhos que eram apenas visíveis, 33.33% foram predados. Os experimentos que apresentavam odor e eram visíveis foram os mais predados com 52%.