Ecologia de nidifícação de Podocnemis erythrocephala (Testudines, Podocnemidae) em campinas do Médio Rio Negro - AM

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Batistella, Alexandre Milaré
Orientador(a): Vogt, Richard Carl
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Biologia de Água Doce e Pesca Interior - BADPI
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11430
http://lattes.cnpq.br/1367519149141424
Resumo: Foram estudados alguns parâmetros da ecologia de nidificação e fatores que influenciam a sobrevivência de ovos de Podocnemis eiythrocephala (SPIX, 1824) em quatro campinas da foz do rio Ayuanã, Município de Santa Isabel do Rio Negro - AM/Brasil (S 00° 3r55.6"/ W 064° 55'11.5"). Entre outubro e dezembro de 2002 as quatro campinas foram visitadas diariamente durante o período de desova, cada ninho encontrado foi marcado com uma estaca numerada e georeferenciado com aparelho GPS, e anotadas as seguintes informações: data de postura, largura, profundidade até o primeiro ovo, número de ovos, comprimento, largura e peso de cada ovo, a distância e altura da vegetação mais próxima, a distância do ninho até a margem da campina. Após o período de postura as campinas foram visitadas a cada três dias para detecção de possíveis ninhos predados. Ocorreram dois períodos de desova, um no início de outubro e outro no im'cio de dezembro, separados por um período de "repiquete". Ao todo foram registrados 116 ninhos, com densidade de 20 ninhos/ha, com uma média de 9 ovos por ninho. O volume médio por ovo foi de 14 cm^. As fêmeas de P. erythrocephala preferiram desovar nas áreas mais abertas das campinas (com até 50% de cobertura vegetal). A perda de ninhos foi de 100%, sendo 70% por repiquete, 12% por predação por Eira barbara, que predou preferencialmente os ninhos mais novos, com até dez dias de idade, 9% por predação por Ameiva ameiva que normalmente predou ninhos a até 10 metros da margem das campinas, e predou também ninhos mais novos, com até dez dias de idade. 5% por predação por humanos, 2% por predação por Crocodilurus lacertinus, 1% por predação por Daptrius ater e 1% por predador não identificado 1%.