Estudo paleolimnológico de acidificação antrópica em dois lagos amazônicos utilizando assembléias de diatomâceas como bioindicadores
Ano de defesa: | 2003 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
|
Programa de Pós-Graduação: |
Biologia de Água Doce e Pesca Interior - BADPI
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11513 http://lattes.cnpq.br/3784459098115336 |
Resumo: | Técnicas paleolünnológicas desenvolvidas a partir da década de 1980, têm sido utilizadas com sucesso para se inferir o histórico de acidificação de ecossistemas aquáticos ácido sensitivos, impactados pela deposição ácida. Um método freqüentemente utilizado para inferir o histórico de acidificaçâo de lagos, envolve o desenvolvimento de uma relação de transferência entre assembléias de diatomáceas contemporâneas e o pH das águas superficiais. Neste estudo, foi desenvolvida uma relação de transferência deste tipo para 15 lagos da Amazônia Central, utilizando dados de 10 lagos de um estudo anterior e dados de 5 lagos amostrados no presente estudo. O índice biológico de acidez B, baseado na porcentagem relativa de diatomáceas com diferentes tolerâncias à acidez, foi avaliado nos 15 lagos estudados e relacionado ao pH médio superficial determinado em cada sistema. Uma simples regressão linear entre pH médio e log B, explicou 90 % da variabilidade nos dados. A equação de regressão diferiu significativamente das relações já determinadas em regiões temperadas e é aparentemente característica para a Amazônia Central. Esta relação foi utilizada para inferir o histórico de acidificação antrópica a partir de diatomáceas fósseis sedimentares lacustres em sedimentos geocronologicamente datados com Pb^'" Os estudos de acidificação histórica foram feitos no lago Curum, impactado por emissões poluentes da refmaria de petróleo, termoelétrica e pelo crescimento urbano de Manaus, e no lago Sumaúma localizado na bacia do rio Jamari, impactado pelo desmatamento e queima de floresta em Rondônia. O estudo paleolimonológico do lago Sumaúma (RO), indicou que o sistema apresentou picos de acidez nos períodos mais intensos de desmatamento e queima da floresta. O esmdo paleoliminológico do lago Curum (AM), indicou que o crescimento urbano e industrial de Manaus desencadeou uma tendência progressiva de acidificaçào. Estes resultados demonstram que a acidificaçào antrópica está atingindo ecossistemas aquáticos na Amazônia e que a metodologia empregada é uma ferramenta poderosa para investigar estas mudanças. |