Detalhes bibliográficos
| Ano de defesa: |
2020 |
| Autor(a) principal: |
Souza, Bruno Barretto de |
| Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
| Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
| Tipo de documento: |
Tese
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| Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
| Idioma: |
por |
| Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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| Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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| Departamento: |
Não Informado pela instituição
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| País: |
Não Informado pela instituição
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| Palavras-chave em Português: |
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| Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59139/tde-31072020-134343/
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Resumo: |
Técnicas paleolimnológicas são comumente utilizadas para prover dados em uma perspectiva em longo prazo das mudanças em ecossistemas. A morfometria de cladóceros, especialmente Bosmina, tem-se mostrado uma ferramenta valiosa para a reconstrução do histórico da pressão predatória em lagos onde há evidências de perturbações ambientais, tais como: seca, poluição e espécies invasoras. Este estudo reconstrói o histórico da pressão predatória sobre o zooplâncton em um lago tropical raso, lago Monte Alegre, formado em 1942, pelo represamento do córrego Laureano, SP, utilizando subfósseis de cladóceros e seus predadores. A geocronologia de um testemunho da região mais profunda do lago (5 m), sendo este fatiado em intervalos de 1 cm, foi realizada pelo decaimento do isótopo radioativo 210Pb. Análises dos isótopos estáveis de δ13C e δ15N, juntamente com a razão C/N e fósforo total, foram utilizadas para caracterizar as fontes de matéria orgânica do lago, evidenciando que esta é principalmente autóctone. Além da diversidade taxonômica, foram realizadas medidas dos comprimentos de estruturas de subfósseis de Bosmina por camada, como carapaças, antênulas e mucros. Os táxons de cladóceros registrados no testemunho foram Bosmina e representantes da família Chydoridae. Foi encontrado um táxon do díptero da família Chaoboridae (larvas), um dos principais predadores invertebrados de cladóceros deste lago; estes táxons foram registrados em todas as camadas do testemunho. Os resultados deste estudo apontaram diferenças nas densidades de Bosmina e da larva de Chaoborus em dois períodos historicamente importantes, sendo o primeiro antes e após o esvaziamento acidental do lago em 1979, uma perturbação ambiental que não alterou o tamanho das estruturas, bem como as densidades de subfósseis encontrados no sedimento a curto prazo, e o segundo período a extinção de duas espécies de Astyanax spp. (lambari), atribuída à introdução de uma espécie alienígena, Cichla ocellaris (tucunaré). A extinção de lambaris, predador de Chaoborus, resultou no aumento das larvas do díptero e diminuição de Bosmina. As medidas das estruturas dos subfósseis de Bosmina mostraram que o comprimento médio das antênulas e dos mucros variaram significativamente ao longo dos anos, porém apenas o comprimento das antênulas apresentou correlação positiva com a densidade de Chaoborus. Outro objetivo deste estudo foi a ciclomorfose dos cladóceros contemporâneos do lago Monte Alegre, Daphnia gessneri e Bosmina tubicen, coletados mensalmente no período de abril de 2011 a março de 2012, bem como a larva do díptero Chaoborus, seu principal predador invertebrado. As estruturas medidas para Daphnia, foram: elmo, comprimento da carapaça e espinho caudal; para Bosmina as estruturas foram: antênulas, comprimento e largura da carapaça e mucro. As hipóteses para o estudo de ciclomorfose não foram confirmadas, não houve ciclomorfose para Bosmina, apenas evidências de que as razões antênulas/carapaça dos jovens são correlacionadas positivamente com o mucro em adultos, e para Daphnia não houve correlações com a densidade de Chaoborus, apenas as razões do elmos/carapaças de jovens e o espinhos/carapaças de adultos foram correlacionados positivamente com a concentração de alimento; houve correlação positiva para as razões do elmos/carapaças e espinhos/carapaças de jovens e o espinhos/carapaças em adultos com temperatura. |
