Diatomáceas como paleoindicadoras de alterações climáticas e milenares nas características limnológicas do lago de Tota - Boyacá - Colômbia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Vargas, Angélica Yohana Cardozo
Orientador(a): Silva, Eduardo Mendes da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/8492
Resumo: Os lagos estão intrinsecamente ligados ao sistema climático, sendo que o nível e a química da água dos mesmos são manifestações do equilíbrio entre a precipitação - evaporação, portanto, estes são marcadores da hidrologia local e regional. No sentido de ampliar o entendimento das mudanças climáticas e ambientais na Colômbia durante o Holoceno, este trabalho teve como objetivo avaliar as condições paleolimnológicas e paleohidrológicas milenares do lago de Tota (5o 33'40"N, 72°53'52"W. 3015m altitude), nos Andes Colombianos, a partir das alterações das assembléias das diatomáceas e das características geoquímicas (concentrações de carbono orgânico total (Cot), nitrogênio total (Nt) e isótopos 13 Ce 15 N) do sedimento. Para alcançar o objetivo foi coletado um testemunho de 54-cm, na zona litoral do lago, dentro de um banco de Egeria densa Planchon, a uma profundidade de 1,5 m; o testemunho Tota0108 foi sub-amostrado a intervalos de 0,5 cm. A reconstrução paleolimnológica mostrou mudanças nas assembléias das diatomáceas e da geoquímica elementar, isotópica e atômica no lago, as quais ocorreram em resposta a mudanças climáticas ao longo dos últimos 4010 anos calibrados AP. No Holoceno médio, o lago apresentava águas profundas dando lugar a águas rasas no final do Holoceno tardio. Ao longo do perfil estratigráfico foram estabelecidas três fases de mudanças delimitadas por transições rápidas. Fase I, 4010 anos cal. AP, condições de umidade e de águas profundas e estratificadas. Fase II, (25.5 – 16.0 cm), condições secas, águas rasas e frias, com estratificação térmica menos pronunciada. Fase III, (11.0 – 0.5 cm), condições úmidas/secas, águas menos rasas em relação à fase II, com o lago polimíctico quente. As condições secas foram interrompidas antes e depois por uma série de eventos de variabilidade climática TNS I (39.0 – 25.5 cm) e TNS II (15.5 – 11.5 cm).