Análise espacial e temporal das relações entre a sazonalidade dos casos de malária e a variabilidade hidrológica no estado do Amazonas, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Couto, Bruna Raquel Wolfarth
Orientador(a): Filizola Júnior, Naziano Pantoja
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Clima e Ambiente - CLIAMB
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12975
http://lattes.cnpq.br/2043978195758558
Resumo: Com a finalidade de verificar a confiança dos dados disponibilizados pelo SIVEP-Malária e examinar a relação das variáveis de precipitação e nível d'água na resposta dos casos de malária, a proposta deste trabalho foi avaliar os casos autóctones do Estado do Amazonas para o período de 2003 a 2014, aplicar alternativas para reduzir margens de erros nos dados, analisar as tendências dos padrões sazonais da malária com relação à variabilidade hidrológica local e identificar o comportamento temporal da relação dos casos de malária com as variáveis de precipitação e nível d'água. Os métodos aplicados nas análise foram compreendidos em 3 processos: 1 - Tratamento tipo Data Cleaning para identificação de dados ausentes, intervalo e consistência dos mesmo; 2- Filtragem dos dados de casos de malária e dados fluviométricos e 3- Análise de Coerência e Fase de Ondeletas para a identificação dos modos dominantes de variabilidade entre as variáveis. Os resultados, divididos em 3 capítulos distintos, demonstraram que: 1- O Banco de dados do SIVEP-Malária apresenta algumas limitações no preenchimento das fichas de notificação das planilhas do Estado do Amazonas, porém é um sistema importante e eficaz para o planejamento das ações de controle; 2- Com relação aos padrões sazonais da malária e da variabilidade hidrológica, foram indicadas tendências de modulação da sazonalidade da malária a partir do deslocamento da onda de cheia dos rios. Os picos de casos de malária foram exibidos entre 1 a 4 meses após as cheias dos rios e possuem características distintas de acordo com a porção da bacia analisada; 3- O cruzamento das séries de anomalia de precipitação e nível d'água com os casos de malária indicaram que as variáveis oscilam principalmente na escala de variabilidade anual, no entanto outras oscilações puderam ser identificadas. A precipitação e o nível d'água apresentaram defasagens em relação aos casos de malária, variando aproximadamente 45 dias antes ou depois dos picos de chuva e em média de 1 a 3 meses após o pico de nível d'água. O entendimento da relação das variáveis de precipitação e nível d'água dos rios esclarecem o vínculo das variáveis climáticas e hidrológicas sobre as respostas que elas provocam sobre a malária. Planos de ações que contemplem a realidade ambiental e climática de cada localidade somado às condições de defasagens dos regimes hidrológicos e pluviométricos são elementos fundamentais para o monitoramento e auxílio no controle da doença.