Análise socioambiental da morbidade da malária em Manaus-AM
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Geografia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7388 |
Resumo: | Esta pesquisa teve como objetivo compreender a dinâmica socioambiental sobre a morbidade da malária em Manaus. Para isso, foi utilizado como fundamentação teórica o S.A.U. e seus respectivos subsistemas: o natural, o construído e o social na tentativa de analisar de forma integrada a malária. Os dados trabalhados se referem ao período de 2003 a 2017. Sobre os dados climáticos, as variáveis trabalhadas foram: pluviosidade, temperatura do ar, umidade relativa, nebulosidade, velocidade do vento e imagens de satélite com a identificação dos sistemas atmosféricos atuantes no ano de 2015. Ano escolhido para aplicação da análise rítmica, ano em que Manaus registou o maior número de casos autóctones. Estes dados foram obtidos no INMET e CPTEC. Também foram utilizados dados referentes à cota máxima, mínima e média do rio Negro, obtidos no site do Porto de Manaus. Os dados de malária foram obtidos pelo SIVEPMALÁRIA. Foram utilizadas variáveis do Censo de 2010 do IBGE, como saneamento ambiental, renda, escolaridade e população. Foram aplicadas técnicas estáticas como a Técnica dos Quantis para identificar os anos-padrão com os casos de malária. Foi aplicada a Regressão Múltipla para analisar a variabilidade climática e hidrológica com os casos de malária. A Técnica das Medianas foi aplicada na construção dos indicadores socioambientais e caracterizar os bairros com vulnerabilidade baixa, média-baixa, média-alta ou alta. Os resultados dos Quantis identificaram que os anos em que ocorreram as maiores epidemias, foram anos-padrão tendentes a seco seguidos de anospadrão de chuvas habituais possam condicionar de forma favorável ao vetor da malária. Sobre a temperatura, esta também apresentou tendência a anos-padrão mais quentes ao habitual. A variabilidade da dinâmica pluviométrica mostrou que a malária ocorre predominantemente nos meses julho e agosto, meses com menores totais de chuva, temperaturas e umidades elevadas, a baixa nebulosidade com forte atuação em dias/meses com maiores picos da doença, pois favoreceu a maturação do vetor anopheles. Durante os meses marços e abril, os mais chuvosos, predomínio da com ZCIT, ZCAS e linhas de instabilidades ocorreram baixos casos da doença. Os meses que tiveram os maiores picos da doença foram maio e agosto, meses em que atuaram predominantemente os sistemas ZCIT e MEC, respetivamente. A pluviosidade e a cota do rio mostraram forte correlação e, por conseguinte, maior poder de explicação no aumento dos casos da malária. A variável ENOS não apresentou forte correlação nem poder de explicação. Todavia, cabe lembrar que o ENOS influencia diretamente na dinâmica hidrológica, no regime de chuvas e variação da temperatura, variáveis que apresentaram significância importante na explicação dos casos da doença, deste modo, pode-se dizer que o ENOS está influenciando indiretamente nos casos de malária. Sobre os determinantes socioambientais da malária, identificados após a construção dos indicadores, mostraram forte relação espacial com as precariedades de saneamento ambiental. Pois os bairros que apresentaram maiores incidências de doenças, como Lago Azul, Puraquequara e Tarumã-Açu, também apresentam problemas com os serviços de saneamento, potencializando na formação de ambientes propícios ao vetor. Sobre a metodologia, o S.A.U. mostrou-se como um aporte teórico e metodológico capaz de fundamentar pesquisas que visam estudar problemas socioambientais, que relacionam o sistema natural construído e social de uma cidade metropolitana como Manaus. |