O efeito da estocagem de juvenis na abundância do tambaqui (Colossoma macropomum Cuvier, 1818) em lagos de várzea na Amazônia Central
Ano de defesa: | 2003 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Biologia de Água Doce e Pesca Interior - BADPI
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11219 http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706946Z1 |
Resumo: | O tambaqui é um dos peixes mais conhecidos e apreciados como alimento na Amazônia. Atinge grande valor na economia regional, portanto é um importante produto da várzea. No entanto, existem fortes indícios de que a população natural esteja deprimida devido a sobrepesca. A estocagem pode ser uma alternativa para mitigar a depleção dos estoques naturais e aumentar a produção. O objetivo do trabalho foi testar a viabilidade da estocagem de juvenis de tambaqui em lagos de várzea da Amazônia Central. Em 2000 e 2000, foram colocados, respectivamente, 1000 e 1500 juvenis tambaqui/ha (5cm) em cinco lagos. O efeito do repovoamento foi avaliado através da variação na abundância de peixes. A densidade populacional após seis meses da estocagem foi estimada por marcação e recaptura (Schumacher-Eschemeyer). A viabilidade econômica da estocagem foi avaliada pela relação custo-benefício. Foram determinados os principais peixes predadores e testada a hipótese da existência de uma inter-relação ecológica que explicasse a abundância de tambaqui encontrada nos lagos de várzea. Os resultados mostram um forte padrão no comportamento da oscilação da CPUE dos lagos experimentais. Nos anos de estocagem, ocorreu aumento da CPUE e um decréscimo no ano sem tratamento. A chance deste comportamento ocorrer ao acaso é muito baixa (0,001). Porém não houve diferença significativa entre as abundâncias dos lagos estocados e controle. As taxas de recaptura variaram entre 1,35% (lago Jacaretinga) e 2,15% (lago Cavalo). As densidades encontradas foram baixas; 6 (2000) e 15 (2001)ind/ha no lago Jacaretinga e 32 ind/ha no lago Cavalo (2001). De 80 predadores analisados, 20% consumiram juvenis de tambaqui. Os principais peixes predadores foram: Serrasalmus rhombeus (piranha preta), Pygocentrus nattereri (piranha caju) e Acestrorhynchus falcirostris (peixe cachorro). Não foi encontrada relação entre competição, predação e a área dos lagos, que explicasse a abundância de tambaquis. Em conclusão, a estocagem é uma alternativa economicamente viável como piscicultura extensiva, que pode elevar a abundancia de tambaqui em alguns lagos, porém não é claro se é uma estratégia de manejo efetiva para aumentar a produção de tambaqui da bacia Amazônica. |