Controle alternativo da antracnose em cebolinha (Allium fistulosum L.) utilizando produtos derivados de vegetais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Santana, Kamila Freire Araujo
Orientador(a): Hanada, Rogério Riji
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Agricultura no Trópico Úmido - ATU
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5296
http://lattes.cnpq.br/8778232505151738
Resumo: A cebolinha comum (Allium fistulosum L.) é uma das principais hortaliças utilizada na culinária brasileira. Como toda cultura, essa planta é suscetível às doenças que podem causar danos e prejuízos significativos ao produtor. A antracnose foliar, causada por Colletotrichum spp. é a principal doença da cultura no Amazonas e o seu controle por meio de produtos químicos é muito complexo por ser uma cultura de ciclo curto. Até a presente data, não existem fungicidas registrados no Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento para este patossistema. Diante desse contexto esse trabalho teve como objetivo estudar o efeito de produtos derivados de vegetais, como extratos brutos aquosos (EBA) de casca preciosa (Aniba canelilla (H.B.K.) Mez.) e da pimenta longa (Piper aduncum L.); hidrolatos (HID) de pau rosa (A. rosaeodora Ducke), macacaporanga (A. parviflora Ducke) e de pimenta longa; óleo essencial (OE) e infusão (IN) de pimenta longa para controlar antracnose da cebolinha. Inicialmente foram obtidos quatro isolados de Coletotrichum spp. e sua patogenicidade confirmada. Para elaboração de EBAs, 200 g de folhas foram imersas em 800 mL de água destilada e mantidas por 24 h em temperatura ambiente. Já os OEs e HIDs foram obtidos por arraste a vapor através do aparelho Clevenger (1 L de água para 100 g de folhas), enquanto que para infusão utilizou-se 200 g de folhas frescas imergidas em 800 mL de água destilada aquecida a 70 ºC, mantida por três horas em um recipiente escuro e fechado em temperatura ambiente. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado (DIC), com oito tratamentos: T1 (EBA de casca preciosa), T2 (IN de pimenta longa), T3 (HID de pau rosa), T4 (HID de macacaporanga), T5 (OE de pimenta longa), T6 (HID pimenta longa), T7 (EBA pimenta longa) e T8 (testemunha-água) com nove repetições por tratamento, cada planta foi considerada uma unidade experimental. Os derivados vegetais foram diluídos em água destilada na concentração de 30% e aplicados semanalmente por 50 dias, na parte aérea da planta. A avaliação consistiu tanto na incidência como na severidade da doença. A partir dos dados da incidência da doença (Yp = planta) e da severidade (Yf = folhas centrais) foram calculados as respectivas áreas abaixo da curva de progresso da doença, AACPDp e AACPDf. Os dados foram submetidos a ANOVA e as médias comparadas pelo teste Tukey ao nível de 5% de probabilidade. Os produtos derivados de vegetais proporcionaram redução na incidência da doença, sendo os melhores tratamentos com HIDs de macacaporanga e pimenta longa que reduziram em 54,6% e 52,4%, respectivamente. Enquanto que os melhores resultados para severidade foram proporcinadas pelas: IN de pimenta longa, HIDs de macacaporanga e pimenta longa que reduziram em 63,5%, 63% e 62,9% respectivamente, em comparação com a testemunha. Os tratamentos proporcionaram incrementos médios de 64,5% no comprimento final das plantas de cebolinha em comparação com a testemunha. A partir desses resultados os HIDs de macacaporanga e pimenta longa apresentaram potenciais controladores da antracnose da cebolinha.