Convecção profunda na Amazônia Central
Ano de defesa: | 2014 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
|
Programa de Pós-Graduação: |
Clima e Ambiente - CLIAMB
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12655 http://lattes.cnpq.br/1565865589398547 |
Resumo: | A região Amazônica apresenta em demasia os principais elementos para a formação de convecção profunda: vapor d’água, instabilidade e energia potencial convectiva disponível (CAPE). Porém a marcha diurna da convecção úmida nessa região é oriunda de uma complexa interação de escalas convectivas que variam desde a pequena até a grande escala. O objetivo geral desta pesquisa foi entender a relação entre a atividade convectiva úmida e a distribuição vertical de vapor d’água na Amazônia Central. Para isso, dados de precipitação de quatro estações, temperatura de topo da nuvem (CTT) e radiossondagens foram utilizados. Esse banco de dados possui informações no período de 2006 a 2011. A região de estudo incluiu uma área de, aproximadamente, 4800 km2, centrada na cidade de Manaus-AM. As análises foram realizadas em quatro sítios, dois representativos de área de floresta e dois representativos de área urbana. A metodologia consistiu primeiramente em avaliar a variabilidade sazonal e diurna da precipitação, em termos de sua intensidade e frequência. Posteriormente se fez uma classificação de eventos de convecção profunda baseada no percentil de 95 % da precipitação e em valores limiares de CTT. A partir dos eventos selecionados se fez análises da intensidade dos mesmos, da hora de ocorrência e tempo de duração da precipitação oriunda da convecção profunda. Também se analisou os perfis de umidade, temperatura e vento relacionados aos eventos convectivos, assim como, a estabilidade da atmosfera. Os resultados mostraram que a precipitação em áreas de floresta é 20 % maior que nas áreas urbanas, principalmente nas primeiras horas da tarde. A frequência de eventos de chuva variou com a hora do dia, enquanto que a intensidade média das chuvas não. Para todos os locais analisados, na estação chuvosa (NOV-MAI), a frequência da precipitação foi, aproximadamente, três vezes maior que na estação seca (JUN-OUT) e o pico da frequência diurna no período da tarde foi mais pronunciado nas áreas de floresta. Frequências mais elevadas nas primeiras horas da manhã perto do rio foram, possivelmente, devido ao efeito de brisa do rio. Cerca de 76,3 % das chuvas mais intensas ( 20 mm/hora) foram provocadas por eventos convectivos profundos (ECP), os quais são mais frequentes na estação chuvosa e em áreas de floresta. Dentre os perfis verticais da atmosfera, a umidade foi a variável que mostrou maiores diferenças entre os ECP e demais tipos de eventos precipitantes e não precipitantes, principalmente na camada de 900 a 500 hPa. A umidade nessa camada é determinante para a ocorrência da transição da convecção rasa para a convecção profunda. Por fim, as análises de CAPE mostraram que a instabilidade termodinâmica não é um fator limitante para a ocorrência da convecção profunda. Todavia, para a maioria dos eventos convectivos menos profundos (ECMP) e ECP ela precisou ser maior que 1000 J.kg��1, enquanto que para os eventos convectivos quentes (ECQ) ela apresentou valores menores que 2500 J.kg��1. |