Sistemática filogenética dos gêneros neotropicais da tribo Dorstenieae: Brosimum Sw, Helianthostylis Baillon e Trymatococcus Poepp. & Endl. (MORACEAE)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Silva, Welma Sousa
Orientador(a): Faria, Aparecida Donisete de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Botânica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12753
http://lattes.cnpq.br/9356313441181696
Resumo: O clado neotropical da tribo Dorstenieae Dumort. (Moraceae), composto pelos gêneros Brosimum Sw. com 15 espécies, Helianthostylis Baillon, com duas espécies, Trymatococcus Poepp. & Endl. com duas espécies, é bem representado na Amazônia, sendo que Helianthostylis e Trymatococcus são endêmicos desta região. A partir de estudos anteriores de filogenia para a família Moraceae, foi comprovado que o clado é monofilético, entretanto, as relações filogenéticas entre as espécies não foram elucidadas. O presente trabalho teve por objetivo a análise das relações filogenéticas entre as espécies desse clado, com utilização de um maior número de táxons do que os anteriormente utilizados para análises semelhantes. Caracteres macro e micro morfológicos de estruturas vegetativas e reprodutivas, e de caracteres moleculares da região trnL-F do DNA de cloroplasto da maior parte das espécies componentes do clado foram levantados. Os resultados mostraram que, como anteriormente observado, o clado neotropical de Dorstenieae é monofilético. Porém, o gênero Brosimum como proposto por Berg é parafilético devido à inclusão das espécies H. sprucei e T. amazonicus entre as espécies do gênero. Houve a formação de dois clados para as espécies de Brosimum, as quais, devido ao posicionamento inverso de B. lactescens, estes não correspondem aos agrupamentos taxonômicos infragenéricos propostos por Berg para o gênero. Além disso o filograma de máxima verossimilhança obtido a partir das sequências da região trnL-F, sustentou a hipótese proposta por Berg de diversificação do gênero Brosimum a partir da América Central. Análises filogenéticas utilizaram também outros métodos cladísticos, como a máxima verossimilhança e análise bayesiana a fim de verificar as diferentes abordagens propostas. Entretanto, devido ao baixo número de caracteres informativos, não foram obtidas resoluções suficientes para avaliação das relações inter- específicas e genéricas. A posição incerta dos gêneros Helianthostylis e Trymatococcus entre os clados formados pelas espécies de Brosimum e a condição homoplásica dos caracteres morfológicos, indicam a necessidade de um maior número de dados para obtenção de uma filogenia melhor resolvida para o grupo.