Plantas alimentícias em comunidades agrícolas no município de Rio Preto da Eva-AM
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Botânica
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12762 http://lattes.cnpq.br/6107693472314948 |
Resumo: | Muitos vegetais silvestres, espontâneos e outros manejados por populações tradicionais e/ou agricultores familiares têm seus potenciais alimentícios subutilizados e/ou desconhecidos pela maioria das populações urbanas e/ou rurais. No Brasil e especificamente no município de Rio Preto da Eva, Estado do Amazonas os estudos com plantas alimentícias são escassos. O trabalho buscou catalogar as plantas alimentícias convencionais e aquelas de usos não convencionais, nas comunidades Viva Bem, Novo Horizonte e Castelão. Procurou-se averiguar a existência de correlação entre o número de plantas citadas e as categorias idade, tempo de residência na comunidade e escolaridade dos agricultores, assim como verificar o consenso de uso de plantas alimentícias, e identificar as plantas alimentícias não convencionais e aquelas com usos não convencionais nas três comunidades investigadas. Para isso foram realizadas 108 entrevistas entre marido e esposa de cada família de agricultores. Os dados socioeconômicos coletados foram: sexo, idade, número de filho, escolaridade, tempo de residência na comunidade, atividade principal, local da comercialização da produção e renda mensal. Os dados botânicos e etnobotânico foram: nome vernacular, hábito, ambiente de ocorrência, forma de uso, parte usada, época de disponibilidade e forma de propagação. As informações foram coletadas por meio da técnica da Lista livre, Indução não específica, entrevista semiestruturada, seguida da turnê guiada. A circunscrição das famílias seguiu APG IV e, as identificações foram feitas a partir da literatura específica. A análise de correlação com o uso da Regressão no Excel mostrou que, quanto maior for o tempo de residência na comunidade, a idade e, menor a escolaridade, maior é o número de plantas citadas pelos informantes. A CUPc explicou que 9 espécies apresentaram concordância de uso principal acima de 50%, e o Inga edulis Mart. aparece com o maior percentual de CUPc com 89%, seguido por Euterpe oleracea Mart. com 84% e Anacardium occidentale L. com 59,17%. Com auxílio da literatura especializada foram identificadas 52 plantas alimentícias não convencionais (PANC) e, 5 de usos não convencionais. Com isso, foi possível concluir que, existe uma tendência em aumentar o número de plantas citadas, quando maior for o tempo de residência na comunidade, menor for a escolaridade e maior for a idade dos informantes. Poucas espécies apresentaram CUPc acima de 50%, se destacando a Inga edulis Mart. As plantas alimentícias não convencionais e aquelas de usos não convencionais estão presentes nas três comunidades investigadas. |